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Friboi e Bertin obtêm financiamento do BNDES

Os grupos Friboi e Bertin obtiveram financiamentos de R$ 100 milhões e R$ 90 milhões, respectivamente, dentro do Programa de Apoio ao Fortalecimento da Capacidade de Geração de Emprego e Renda (Progeren) do BNDES. O financiamento está condicionado ao compromisso das companhias de ampliar o número de empregos e a receita num prazo determinado.

No caso do Friboi, que é o maior exportador de carne bovina in natura do país, o compromisso é de gerar 1.000 novos empregos diretos entre 1o de julho deste ano e 30 de junho de 2006, informa o diretor-financeiro Sérgio Longo. Hoje, o grupo tem 14.106 funcionários.

A empresa também se compromete a ampliar em 15% o faturamento no período de julho de 2004 a junho de 2005, em comparação com o intervalo de junho do ano passado até julho deste ano. Com isso, a receita projetada é de R$ 3,2 bilhões, de acordo com Longo.

Segundo o diretor-financeiro do Friboi, os R$ 100 milhões serão utilizados pela empresa como capital de giro, na melhoria da produtividade via treinamento de funcionários e na modernização de suas plantas.

As condições de financiamento do Progeren são favoráveis, mas se as metas não forem cumpridas as companhias são punidas com aumento de juros. O financiamento prevê juros de 5,5% ao ano, mais TJLP (hoje em 9,75%). Em caso de não-cumprimento das metas, os juros vão para 11% ao ano. O prazo de pagamento do empréstimo é de dois anos, com carência de dois anos, segundo o BNDES.

Como parte dos recursos obtidos pelo Friboi irá para capital de giro, também poderá ser utilizado para financiamento de exportações, segundo Longo. Hoje, a empresa abate 12 mil bois diariamente em 16 unidades. Tem três indústrias processadoras de carne e uma divisão de produtos de higiene e limpeza. As unidades estão localizadas em São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Acre e Goiás.

Procurado, o Bertin não informou qual o destino dos R$ 90 milhões financiados pelo BNDES.

De acordo com comunicado do banco, o grupo, sediado em Lins (SP) e hoje o maior exportador de couro do país, compromete-se a gerar três mil postos diretos no prazo de um ano e de ampliar em 38% sua receita operacional bruta no mesmo período.

Atualmente, o grupo Bertin tem 14 mil empregados em suas unidades nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio Grande do Sul, Pará e Rondônia. Abate cinco mil cabeças de gado diariamente nas plantas de Lins (SP) e Votuporanga (SP), Mozarlândia (GO), Ituiutaba (MG) e Naviraí (MS).

Fonte: Valor (por Alda do Amaral Rocha), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    O BNDES e assim o Governo estão perdendo uma oportunidade de ouro para exigir mudanças radicais no gestão de qualidade e rastreamento via SISBOV em troca pelos empréstimos.

    Dinheiro público tem que ser empregado com critérios rigidos e principalmente nos frigorificos de exportação como o FriBoi e Bertin.