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CNA: não faltarão animais rastreados para exportação

A polêmica toda começou no fim do ano passado. O cronograma, que previa ampliação do prazo de 40 dias para 180 dias, foi cancelado. A obrigatoriedade de inserção de animais que participam de exposições, festas agropecuárias e leilões também deixou de existir. O Ministério da Agricultura também considerou que era impraticável inserir todos os animais das áreas livres de aftosa do País no Sisbov até o fim deste ano. O mesmo foi concluído para o artigo que previa todo o rebanho nacional rastreado até o fim de 2007. Com todos esses prazos indo por terra, se cogitou até mesmo o fim do Sisbov.

“Não é isso. O Sisbov continua valendo. Só queremos que ele seja livre e mais simples. E mesmo assim não existe risco de desabastecimento de carne para exportação”, afirma o presidente da Comissão Técnica de Pecuária de Corte da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Paulo Roberto Gomes de Almeida. Ele representa os pecuaristas que defendem a liberdade para inserção no Sisbov até como forma de valorização das arrobas de seus animais. Ganha mais aqueles que têm iniciativa e participam do sistema nacional.

Do outro lado, estão os responsáveis pelas 40 certificadoras do País, que defendem o retorno do cronograma. “Queremos que volte o cronograma. É necessária a obrigatoriedade para a ampliação da base de dados. Sem esse horizonte, os produtores ficam perdidos. Já estão comprando menos. Em março pode faltar carne para exportação”, afirma o presidente da Associação das Empresas de Rastreabilidade e Certificação Agropecuária (Acerta), Luciano Medici Antunes. Segundo ele, o número de venda de registros não chegou a 600 mil, em dezembro. No mês anterior havia chegado a 1,7 milhão. Ele calcula que o número necessário para suprir a demanda do mercado externo por carne brasileira seja de 2 milhões mensais.

De acordo com o Ministério da Agricultura, os animais inscritos no Sisbov somam até agora 45,13 milhões. O presidente da Câmara Setorial da Carne Bovina Brasileira, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), e coordenador do grupo de trabalho que está discutindo os rumos do Sisbov desde 14 de dezembro, Antenor Nogueira, garante que não há riscos de faltar carne brasileira para exportação. “O que houve foi uma mutação no manejo dos animais. Como a engorda foi antecipada, os registros foram feitos antes e por isso diminuíram em dezembro. Essa diminuição deve ser temporária”, explica. Hoje, na segunda reunião do grupo de trabalho, ele garante que as discussões sobre o futuro do Sisbov serão retomadas com ímpeto. O principal objetivo do grupo agora é encontrar formas de certificação das propriedades, para simplificar o sistema.

Fonte: Estado de Minas, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. João Pedro Oscar Bindel disse:

    Lamentável.

    Novamente constatamos e confirmamos o que já dizia um conhecido francês: “o país não é sério…”.

    Os estojinhos de primeiros socorro, o rastreamento Sisbov e a última novidade das aulas obrigatórias de direção defensiva, que serão obrigatórias, seguem a rotina dessa vergonhosa falta de crédito nas autoridades constituídas, quando o único e real objetivo é surrupiar o dinheiro daqueles que trabalham e produzem.