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Fórum Permanente da Pecuária de Corte discutiu problemas do setor em Campo Grande

O Fórum Permanente da Pecuária de Corte se reuniu nesta semana, em Campo Grande, para discutir os problemas enfrentados pelos pecuaristas em todo o País. Estiveram presentes representantes de federações de Agricultura e Pecuária, de associações de criadores e sindicatos rurais de Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Paraná, São Paulo, Distrito Federal e Pará. Os encontros, coordenados pela CNA – Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária, acontecem, periodicamente, em vários estados.

A reunião foi realizada no auditório da Casa Rural (Famasul, Senar/MS e Funar). Para o presidente do Fórum, Antenor Nogueira, a principal dificuldade no setor está relacionada aos preços praticados pela arroba do boi. “Nossa preocupação é quanto ao preço. Estamos vendo que no Uruguai e Argentina, por exemplo, o produtor está ganhando muito mais no preço da arroba do que nós. Os custos aumentaram significativamente em 2004 e ao mesmo tempo tivemos uma redução do preço da arroba em relação a 2003”, afirmou.

Dentre os pontos mais debatidos na reunião estiveram a concentração de frigoríficos, aumento do número de balanças nos frigoríficos para controle do peso, responsabilidade na cobrança de INSS, além de outros problemas que, na opinião dos componentes do fórum, vêm prejudicando o produtor.

Além disso, Antenor Nogueira aponta outras dificuldades para 2005, como a medida provisória 232, editada em 30 de dezembro de 2004 e publicada no último dia 3, que aumenta a carga tributária das empresas prestadoras de serviços. “Infelizmente não só a pecuária, mas o setor agrícola brasileiro tem sofrido constantemente abusos tanto das indústrias como do próprio governo”, analisa.

Uma das saídas apontadas por Antenor para o pecuarista é a informação. “O produtor deve estar informado. Compete às entidades de classe do País a manter informações atualizadas e disponibilizadas em tempo real, para que o próprio produtor possa analisar o mercado e tomar suas decisões”.

Durante a reunião, foi apresentado o Programa Pesebem, aplicado em Goiás. Alexandre Alves, da Faeg – Federação de Agricultura e Pecuária de Goiás, explicou sobre o programa, suas vantagem e a adesão que vem tendo no Estado. O Pesebem é um programa que tem por objetivo conferir a pesagem dos animais a serem abatidos nos frigoríficos, eliminando dúvidas quanto ao real peso e remunerando de forma justa o produtor. Além de controlar o programa, a Faeg é responsável pela implantação e monitoramento das balanças instaladas. As balanças eletrônicas são computadorizadas e controladas por um software desenvolvido para o Pesebem e apresentam precisão no processo de pesagem, além de serem aprovadas, aferidas e vistoriadas pelo Inmetro.

Fonte : Jornal O Progresso/ MS, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. José Antônio Pimenta Lemos disse:

    Como fazer para implantar esse programa de Pesebem e também as classificações que são feitas.

    Os frigoríficos do PR têm uma classificação de pele fina descontão 10%, por que o boi é de cruzamento industrial. Isto é justo?

    Eu gostaria de saber se realmente quando ele vende esse boi, ele deixa de ganhar esses 10%.

    Nós fazemos acabamento em semi-confinamento e confinamento boi chega comer 90 a 120 dias de concentrado balanceado.

    Qual órgão poderia fazer uma pesagem honesta e uma classificação honesta para os pecuaristas?