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Goiás vacinou 94,67% do rebanho contra a aftosa até agora

O pecuarista goiano que ainda não vacinou seu rebanho contra febre aftosa tem apenas seis dias para imunizar seus animais sem correr o risco de ser autuado pela fiscalização da Agenciarural. O prazo para adquirir as doses termina, impreterivelmente, no próximo dia 30 de junho, e no dia 1º de julho começa o “arrastão” nas propriedades rurais, com base nas notas fiscais de venda emitidas pelas lojas de produtos agropecuários.

O abastecimento de vacinas está totalmente regularizado. Segundo a coordenação do Programa de Combate à Febre Aftosa, atualmente existe um estoque de 3,2 milhões de doses nas 1.038 revendedoras cadastradas na Agenciarural. Até a última sexta-feira, 94,67% dos animais goianos já haviam sido imunizados.

A vacina antiaftosa é obrigatória nos rebanhos bovino e bubalino dos 246 municípios goianos, abrangendo mais de 19 milhões de animais, mas também está sendo realizada vacinação anti-rábica em 74 municípios, considerados como de alto e médio riscos no âmbito do Programa Estadual de Erradicação à Raiva de Herbívoros.

No início da campanha havia uma oferta reduzida de vacinas contra aftosa, mas o Estado já foi abastecido com 21,4 milhões de doses, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Sanidade Animal (Sindan). “Todos os números mostram que, tecnicamente, não há motivos para uma possível prorrogação do prazo para vacinação”, garante o chefe do Departamento de Sanidade Animal da Agenciarural, Ítalo Rizzo.

Arrastão

De acordo com o assessor técnico da Diretoria de Defesa Agropecuária da Agenciarural, Waldiosmar Cândido de Oliveira, atualmente o Estado conta com um bom efetivo de fiscais, entre técnicos e veterinários, para realização do arrastão em todo o território goiano. “O índice de animais já vacinados deve ser ainda maior, pois só receberemos os números relativos à região do Entorno de Brasília no final da campanha”, ressaltou.

O pecuarista que não vacinar seus animais será autuado e pagará uma multa de R$ 5,30 (5 Ufirs) por bovino não-vacinado. Caso ele seja reincidente, o valor sobe para R$ 10,60. O criador ainda pode ser impedido de obter a Guia para Transporte de Animais (GTA), para abate ou cria, e ser obrigado efetuar a vacinação assistida por fiscais da Agenciarural num prazo máximo de 72 horas após a autuação.

Oliveira informa que Goiás deve obter o certificado de erradicação da aftosa sem vacinação em 2004 ou 2005, mas que não há pressa para acabar com as campanhas. “Depois do que aconteceu no Rio Grande do Sul, que registrou um foco quando a vacinação acabou, preferimos ter paciência e fazer um trabalho eficaz e conclusivo para o fim da doença”. Caso seja encontrado um foco de febre aftosa em alguma propriedade cujo rebanho não foi imunizado, todos os animais, num raio de três quilômetros da fazenda-foco, serão sacrificados, de acordo com a regra do rifle-sanitário. O responsável pelo prejuízo poderá ser processado civil e criminalmente. Vale lembrar que há oito anos a doença não é detectada em Goiás.

Coréia do Sul

A Coréia do Sul detectou um novo caso de febre aftosa. Quatro porcos em Anseong, no sul de Seul, foram contaminados pela doença, divulgou o Ministério da Agricultura e Florestamento. Trata-se da 16a fazenda na qual a febre aftosa é detectada, desde o dia 2 de maio.

O governo planeja sacrificar 6.138 animais em um raio de 500 metros do último caso detectado, perfazendo um total de mais de 130 mil. A China, Rússia, Japão e outros países proibiram as importações de gado da Coréia do Sul, que fechou dois terços de seus mercados do setor.

Fonte: Diário da Manhã/GO (por Lúcia Monteiro) e Gazeta Mercantil, adaptado por Equipe BeefPoint

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