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Especialistas de 6 países publicam documento sobre riscos globais de doenças infecciosas

O Conselho de Agricultura, Ciência e Tecnologia (Council for Agricultural Science and Technology – CAST), organização sem fins lucrativos composta por sociedades científicas e membros individuais, que coleta, interpreta e comunica informações cientificamente baseadas sobre alimentos, agricultura, entre outros assuntos, acaba de divulgar um novo documento chamado “Riscos Globais de Doenças Infecciosas Animais”, que engloba uma revisão histórica dessas doenças mais prevalentes, descrevendo as diversas formas que a doença entra no país, uma avaliação de práticas contemporâneas que exacerbam a disseminação, e uma visão geral dos impactos significantes atuais e para o futuro que essas doenças têm nas comunidades de todo o mundo.

Escrito e avaliado por uma Força Tarefa de 13 autores e quatro revisores dos EUA, França, Suíça, Reino Unido, Nova Zelândia e Canadá, o documento do CAST une especialistas e a experiência de cientistas e pesquisadores nessa crescente preocupação mundial.

Os tópicos específicos presentes neste documento incluem:

– Cenário da ameaça global de doenças infecciosas;
– Padrões de doenças animais e seus programas de controle;
– Fatores que afetam a emergência e disseminação de doenças animais;
– Impacto de doenças animais na saúde humana;
– Impactos econômicos nacionais e internacionais de doenças animais em nível industrial, social e político;
– Monitoramento nacional e internacional, vigilância e resposta.

“As recentes e devastadoras epidemias de febre aftosa, doença de Newcastle (em aves) e a altamente patogênica gripe do frango demonstram os riscos globais de doenças estrangeiras e emergentes”, disse o co-presidente e consultor internacional da Força Tarefa, Jim Pearson. “Essas epidemias tiveram severos impactos econômicos, sociais e políticos”.

“As doenças animais continuarão afetando o fornecimento de alimentos, o comércio e a saúde e bem-estar das pessoas em todas as partes do mundo”, disse outro membro da Força Tarefa, Mo Salman. “As recentes epidemias de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), febre aftosa em suínos e gripe do frango foram importantes e são preocupações não somente pelos significantes custos econômicos, mas também, pelo potencial de cruzamento com humanos”.

Uma vez descoberta a epidemia de uma doença, os impactos sociais e políticos podem superar as considerações técnicas e científicas, disse o CAST. Consequentemente, a necessidade de uma comunicação efetiva de riscos para minimizar ansiedades desnecessárias referentes às crises por doenças animais se torna uma importante consideração.

Segundo o CAST, a capacidade de o setor agrícola reagir contra as ameaças contemporâneas de doenças animais é mais complexa e desafiadora agora do que no passado, criando uma vulnerabilidade ainda maior para o setor e requerendo uma consciência sobre a fluência nos atuais assuntos agrícolas, incluindo:

– Mudança de independência para interdependência;
– Necessidade de conscientização global e ações;
– Confluência dos mundos animal e saúde pública;
– Demanda por uma maior participação pública na tomada de decisões;
– Formação de novas parcerias estratégias e alianças;
– Impactos inter-relacionados no meio-ambiente e nos ecossistemas; e
– Necessidade de uma nova sensibilidade para responder a doenças animais e especialmente para as pessoas envolvidas neste controle.

O documento completo pode ser obtido no site do CAST – www.cast-science.org.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint

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