A Associação Brasileira de Criadores de Caracu (ABCCaracu) espera por selecionadores de todo o país na Exposição Nacional da Raça, que acontece de 16 a 20 de março, durante a IX ExpoPalmas, no Parque de Exposições Pé Vermelho (Palmas, PR).
De acordo com a programação oficial, o julgamento está marcado para os dias 17 e 18, sob a responsabilidade do jurado Roberto Vilhena Vieira. Quanto aos leilões, dia 18, a partir das 20 horas, Leilão Nacional da Raça Caracu, no Clube União Recreativo Palmense. Na seqüência haverá um jantar comemorativo dos 25 anos da ABCCaracu. No dia 19, a partir das 14 horas, Leilão de Fêmeas da Raça Caracu, com a oferta de 180 fêmeas e 20 machos de elite, no parque de Exposições Pé Vermelho.
“É a exposição importante para a avaliação do trabalho feito no campo no tocante à qualidade dos animais, mas também uma data festiva. Há 25 anos, a Associação vem brigando pelo desenvolvimento da raça, apoiando os criadores e colaborando com a pecuária brasileira. Será um encontro para debates técnicos e confraternização”, esclarece Flávio Fioravante Júnior, presidente da ABCCaracu, que também destaca o apoio do Núcleo Sul Brasil de Criadores da Raça na organização do evento.
Mercado estável, mas propenso ao aquecimento e em alta na qualidade genética da oferta. É assim que Fioravante Júnior define a passagem de 2004 para 2005. O cruzamento industrial se firma como a maior bandeira no comércio de tourinhos para a pecuária de corte e os produtos elite mantiveram os preços.
O balanço apurou números bem próximos aos de 2003. Ativa no mercado, a raça Caracu encabeçou 12 leilões e resistiu a certa retração do mercado para animais de origem taurina. “Obtivemos liqüidez e remates em diversas partes do País. A raça espalha-se e observo um crescente interesse pela genética por parte de criadores de outras raças”, avalia Flavito.
O destaque do ano foi o aquecimento do cruzamento industrial com o Caracu. Resistentes ao clima tropical e com resultados positivos na terminação de carcaça, os animais têm agradado aos produtores de carne. Por conseqüência, o mercado do Centro-Oeste passou a ser o grande filão. Nunca se vendeu tanto para esta região. No topo da lista seguem os tourinhos. “Embora os frigoríficos ainda causem alguns problemas para a compra de cruzados, esta barreira está cada dia menor. Pecuaristas e indústria já se convenceram das vantagens econômicas do meio sangue e isso alavancou o mercado”, comemora o presidente.
Apesar da retomada das vendas, o criador de Caracu tem os seus palpites para onde seguirá a pecuária em 2005, e não se arrisca em projetos extremamente otimistas. Ajustes e investimentos mais seguros são as palavras de ordem entre os membros da associação, de acordo com o presidente. As primeiras metas são a tipificação de carcaça e o pagamento de extras pelos produtos diferenciados. Quem produz o “boi de prato” não abre mão de cobrar o repasse das exportações por parte dos frigoríficos. Outra preocupação é ver o cruzamento industrial moldar as regras de mercado.
Em 2005, Flavito (como é mais conhecido) aposta ainda em uma retração de mercado, mas muito menor que no ano passado. No entanto, se o assunto é confiança no potencial da raça, ele promete trabalho acelerado no aprimoramento genético para carne e leite. Exposições, palestras, leilões em praças novas e as já tradicionais receberão apoio da ABCC. “Os esforços serão para provar que o cruzamento industrial com Caracu é uma excelente opção para o segmento corte, divulgando os resultados de abate, ajudando no preparo de pessoal e fomentando a entrada de novos adeptos”, projeta Flavito.
Fonte: Assessoria de imprensa da ABCC