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MS: Ministério da Agricultura libera R$ 3 milhões para o IAGRO

Após atraso de mais de um ano, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) finalmente libera hoje R$ 3 milhões em recursos federais para a Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) do Mato Grosso do Sul. A primeira cópia do convênio de R$ 5 milhões, que foi firmado no ano passado, mais precisamente em maio, foi remodelada diversas vezes.

Entre os motivos alegados pelo Mapa para a demora na liberação da verba, estão desde o não cumprimento do pagamento de contrapartida do Governo do Estado em convênios antigos, falhas em relatórios, até falta de documentação. Segundo o delegado federal da Agricultura, José Antônio Roldão, os R$ 2 milhões restantes do convênio devem ser empenhados até outubro.

A escassez de recursos obrigou o Iagro a reduzir suas despesas com gastos da manutenção da infra-estrutura e ações de vigilância sanitária em até 31%. “Tivemos que reduzir o volume de diárias fornecidas aos funcionários que fazem a fiscalização sanitária na divisa com outros estados e até na fronteira, em função da falta do repasse”, frisou ontem o diretor-presidente do Iagro, Loacir da Silva, que comemorou a liberação do recurso.

Segundo ele, “o Iagro teve que cortar a própria carne” para manter as ações básicas de vigilância sanitária animal e vegetal no Estado. Loacir lembra que por todo este tempo o Iagro sobreviveu apenas da fonte 40 (recursos próprios da entidade) e algumas parcerias feitas com a Secretaria de Produção (que chegou a pagar contas de água e luz do órgão) e também do Fundo de Erradicação de Febre Aftosa (FEFA).

No limite

O diretor do Iagro chegou a alertar as autoridades sanitárias para o risco que Mato Grosso do Sul teria de perder o status de área livre de aftosa, com a ameaça de vírus da doença no vizinho Paraguai, caso o dinheiro não fosse liberado. Na época o órgão possuía funcionários suficientes para fazer as fiscalizações volantes, mas não tinha dinheiro nem para diárias e muito menos para o combustível dos carros.

Agora, com a chegada dos recursos, o diretor diz que serão priorizadas as ações previstas nos planos de trabalho da área vegetal e animal. Entre as ações estão a manutenção das diárias, abastecimento de veículos, aquisição de material de expediente, além da compra de novos veículos e computadores para equipar os postos de fiscalização fixos.

Fonte: Correio do Estado (por Rosana Siqueira), adaptado por Equipe BeefPoint

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