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MT: oferta de boi será reduzida

Cerca de 1.800 pecuaristas, das principais regiões pecuárias de Mato Grosso decidiram, de maneira unânime, reduzir a oferta de bois aos frigoríficos estaduais e querem retomar a comercialização com indústrias de outros estados. O objetivo é segurar o preço da arroba, atualmente em R$ 50, e tentar obter, para a entressafra, rentabilidade à atividade.

Além de comercializar o estritamente necessário, o setor referendou algumas proposições da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), com desdobramentos imediatos, e também a médio e longo prazos.

Entre as aprovações está a implantação, de forma regionalizada, das centrais de comercialização de animais, CentroBoi, para formar volume e barganhar preços, formar cooperativas para abate objetivando a locação, compra ou construção de um frigorífico, reivindicar junto ao Estado a redução na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), de 17% para 3%, para vendas fora de Mato Grosso e buscar entendimento dentro cadeia, por meio de discussões em grupo tripartite (pecuaristas, frigoríficos e distribuidores).

Durante a terceira reunião do Fórum Permanente da Pecuária de Corte, realizada sexta-feira (18), no pavilhão de eventos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), pecuaristas e lideranças do setor, como o presidente do Fórum, Antenor Nogueira e o presidente da Comissão Nacional de Agricultura da Câmara dos Deputados, Ronaldo Caiado (PFL/GO), discutiram problemas e propostas.

Para um proprietário de frigorífico do interior do estado, o enxugamento da oferta é válido e salutar, pois disciplina o mercado. “Se houver esta redução, ao contrário do que muitos pensam, também será benéfica para as indústrias, este setor vai ganhar com esta postura”.

Nogueira explica que hoje existe uma falta de sintonia muito grande com a indústria. “O setor produtivo não consegue sentar com a indústria, a indústria não quer sentar com o setor produtivo. Quando há esta dificuldade, fica praticamente impossível trabalhar. Quando os elos não sentam para discutir seus problemas, que são 90% comuns, vira torre de babel. Toda essa desorganização está refletida na nossa cadeia, neste momento”, resume.

Fonte: Diário de Cuiabá/MT (por Marianna Peres), adaptado por Equipe BeefPoint

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