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Análise Semanal – 23/03/2005

Para o boi gordo, ao longo da última semana, foram registradas alterações de preços em São Paulo (-0,9% em Barretos e Araçatuba), Mato Grosso do Sul (-0,9% em Dourados e Campo Grande), Mato Grosso (-1,0% em Alta Floresta), Pará (-2,0% em Paragominas) e Rio de Janeiro (-3,6%).

Ao todo, de 25 praças pesquisadas, as cotações variaram em 7, ou 28% do total. O mercado está estável, ligeiramente frouxo. O dólar, que voltou a cair, o fraco desempenho das vendas internas de carne (com ajuda da quaresma), e a retração dos preços externos ameaçam a sustentação das cotações da arroba.

A pressão exercida pelos produtores, através de mobilizações que estão ocorrendo em vários pontos do país, e a ligeira retração das ofertas, provavelmente em função do feriado da sexta-feira, que tirou parte dos vendedores do mercado (programando viagens), impedem que se inicie um forte movimento de baixa.

Contudo, em São Paulo, por exemplo, os grandes frigoríficos ainda tentam impor R$57,00/@, a prazo, para descontar o funrural pelo boi gordo rastreado. Mas os compradores de mercado interno, mais apertados, ofertam R$1,00/@ a R$1,50/@ a mais que os “grandões”, seja o boi cadastrado no SISBOV ou não.

No Mato Grosso do Sul, região de Dourados, alguns frigoríficos apregoam R$53,00/@, a prazo, para descontar o funrural pelo boi gordo rastreado. Porém, até o fechamento desta coluna, ainda corriam negócios a R$54,00/@, nas mesmas condições. Veja na figura abaixo a evolução dos preços do boi gordo em Dourados.


As programações de abate atendem, em média, 6 ou 7 dias. Frigoríficos com escalas mais longas respondem pelas ofertas de compra abaixo dos valores médios.

Para os próximos dias, mantém-se a tendência de preços estáveis. A expectativa é que, no início de abril, mediante o término da quaresma e o pagamento dos salários, a demanda por carne bovina se aqueça, levando o mercado a trabalhar em ambiente firme.

Porém, a recuperação das cotações da arroba irá depender também do comportamento das ofertas. A seca, que assola boa parte do país, dificulta a retenção dos animais em engorda. E mesmo onde voltou a chover, as condições de temperatura e luminosidade já não são tão favoráveis à recuperação do capim.

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