O Maranhão adotou medidas mais rígidas para controlar a entrada de animais, produtos e subprodutos de origem animal suscetíveis à febre aftosa. Só entram no estado bovinos, bubalinos e suínos procedentes de estados classificados como alto risco e risco desconhecido em relação à aftosa com prévia autorização da Agência Estadual de Defesa Agropecuária (Aged). Para produtos e subprodutos, é necessário apresentar do Certificado de Inspeção Federal (SIF).
As medidas atendem à determinação da portaria no 010 de 02 de fevereiro, baixada pelo órgão, vinculado à Secretaria de Agricultura e Pecuária do Maranhão. O objetivo é manter as atuais condições sanitárias, considerando a elevação do estado para a classificação de médio risco em relação à aftosa, em dezembro do ano passado.
De acordo com a portaria, para a entrada de animais de outros estados no Maranhão, classificados como alto risco ou risco desconhecido, é necessário fazer um requerimento junto à Aged, que vai avaliar se os animais possuem critérios para serem liberados. Só então vai ser autorizada a entrada pela rota oficial, onde estão as barreiras sanitárias, responsáveis pela vistoria dos documentos de vacinação e a saúde dos animais.
Para intensificar a fiscalização, foi montada uma estrutura, denominada Operação Impacto, iniciada esta semana. A operação conta 12 pontos de fiscalização, sendo quatro barreiras sanitárias consideradas oficiais.
Três delas foram montadas na fronteira com o Piauí, em locais estratégicos, por onde entram produtos dos estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas que podem estar fora dos padrões sanitários de controle da aftosa.
De acordo com o diretor da Aged, Sebastião Anchieta, nas barreiras sanitárias montadas nas cidades de Barão de Grajaú, Timon e Piranji, vários carros que transportavam produtos e subprodutos de origem animal sem o Certificado de Inspeção Federal foram obrigados a voltar para seus lugares de origem.
“Não estamos impedindo a entrada destes produtos e animais destes estados. Podem entrar, desde que cumpram a portaria no 010 da Aged”, explica Anchieta.
A Operação Impacto conta com ação integrada entre médicos veterinários, técnicos agrícolas da Aged e equipes das vigilâncias sanitárias municipais e estadual, Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal, além da Secretaria de Estado da Fazenda, e prefeituras municipais de Araioses, Barão de Grajaú, São Luís e Timon. Cerca de 70 pessoas estão mobilizadas.
As três barreiras sanitárias montadas na fronteira do Maranhão com o Piauí estão localizadas em Barão de Grajaú, fronteira com Floriano; em Timon, ao lado de Teresina, e em Piranji, que faz parte de Araioses, na divisa com Parnaíba. Existe ainda uma barreira instalada na Estiva, em São Luís.
Nada escapa à fiscalização. Carros que transportam animais, produtos e subprodutos de origem animal, ônibus de passageiros e vans. A determinação é barrar produtos transportados em ônibus.
Fonte: Gazeta Mercantil (por Franci Monteles), adaptado por Equipe BeefPoint.