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Aftosa: produtores argentinos terão que pagar pela vacina

No próximo mês terá início a segunda campanha anual de vacinação contra a febre aftosa na Argentina. Porém, desta vez a campanha terá novas regras: o Estado deixará de se responsabilizar pelos custos, como ocorreu nos últimos dois anos, desde quando o vírus da doença voltou a contagiar os rebanhos argentinos.

A rigor, o Estado ainda não pagou as dívidas às fundações e entidades de produtores, que são no valor de cerca de 7,5 milhões de pesos (US$ 2,09 milhões), às quais se juntam outros débitos com o laboratório que produziu neste período mais de 100 milhões de doses de vacina antiaftosa. Isto poderia recair sobre os estabelecimentos produtores de gado futuramente caso haja uma eventual transferência deste custo por parte dos fornecedores da vacina.

O presidente do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar (Senasa), Bernardo Cané, convocou ontem as organizações rurais que estão representadas no conselho de direção do órgão sanitário, e ratificou a linha que o Governo argentino determinou nos últimos meses: as próximas campanhas de vacinação deverão ser pagas com recursos próprios do setor, porque o Estado, com seus limitados recursos, deverá atender a outras prioridades. A decisão antecipa uma nova disputa entre o Governo e o setor.

“As entidades rurais se opõem que o produtor tenha que pagar pela vacinação. Além disso, estamos preocupados com os futuros custos, bem como sobre a forma como será feito o sistema de distribuição”, disse o presidente da Confederação das Associações Rurais da Terceira Zona (Cartez), Nestor Roulet. Esta questão econômica será levada ao Ministério da Economia do país, liderado pelo ministro Roberto Lavagna, enquanto os aspectos técnicos da campanha sanitária serão avaliados pelo Senasa, juntamente com as entidades sanitárias das províncias.

Algumas províncias, como no Litoral, já se anteciparam e adquiriram um estoque de vacinas. No caso de Córdoba, são necessárias 6,7 milhões de doses, com um valor de mais de 10 milhões de pesos (US$ 2,79 milhões), incluída a aplicação, segundo cálculos privados.

Fonte: La Voz del Campo, La Voz del Interior – Córdoba (por Carlos Petroli), adaptado por Equipe BeefPoint

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