A Assembléia Geral da OIE deve aprovar, na próxima semana, o pedido de reconhecimento do estado do Acre como zona livre de febre aftosa com vacinação. O pleito, encaminhado pelo Mapa, segundo Jamil Souza, do Departamento de Saúde Animal, foi aceito em janeiro último na Comissão Científica do órgão, faltando apenas o aval da assembléia, que vai reunir, em Paris, representantes de mais de 160 países.
Se concedida, a certificação permitirá que o estado comercialize qualquer tipo de carne ou animais em pé no mercado nacional. O passo seguinte será a abertura de mercados externos para a exportação de carne bovina. Atualmente o Acre só pode vender carne desossada. Com a expectativa de mudança no status sanitário, as autoridades estaduais estão de olho nos mercados andino e asiático, cujo acesso será agora facilitado pela Rodovia do Pacífico, que já se aproxima da fronteira do Acre com o Peru.
Com um rebanho bovino de dois milhões de cabeças e um abate 400 mil por ano, o estado fatura cerca de R$ 300 milhões com a venda de animais vivos para os frigoríficos. Hoje a maioria da carne produzida no Acre é exportada para Manaus e São Paulo. Se considerados subprodutos como o couro, que movimenta cerca de R$ 60 milhões por ano, a cadeia produtiva da pecuária ultrapassa essa cifra.
O Acre será o segundo estado da região Norte a obter o reconhecimento de zona livre com vacinação. O primeiro foi Rondônia, em 2003.
Fonte: Mapa, adaptado por Equipe BeefPoint