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Frigoríficos do MT estão animados com aumento nas vendas

No segmento de exportação de carne, o terceiro mais importante da pauta de exportação de Mato grosso, os dois setores responsáveis pela cadeia produtiva da carne bovina têm opiniões divergentes. De um lado os frigoríficos estão satisfeitos com o crescimento das vendas e do outro os pecuaristas insatisfeitos com a cotação da arroba do boi durante o primeiro semestre.

No frigorífico Quatro Marcos, por exemplo, o mês de agosto teve início com um incremento na demanda de produção. “De dois meses para cá estamos registrando um estímulo ao consumo, que aumentou o número de abate de 600 para 700 cabeças ao dia”, explica o responsável pela documentação de exportação do frigorífico, Jair Ubara.

Mas até que o semestre fechasse de forma positiva para o setor de industrialização da carne bovina, estimulados com os bons preços de vendas em dólar, foi registrado, nos três primeiros meses deste ano, um volume fraco de vendas. “Apesar de recuperarmos o volume de negócios, sem nenhuma explicação cabível, até março tivemos uma movimentação fraca”, aponta Ubara.

Neste primeiro semestre a carne exportada pelo estado gerou um faturamento de US$ 33 milhões. “Para o setor também calculamos um incremento de 15% sobre o total registrado no ano passado, que contabilizou cerca de US$ 76 milhões”, frisa o secretário adjunto de comércio exterior da Simc, Ari Wojcick.

Os pecuaristas esperam ainda por uma reação no valor da arroba do boi, hoje em R$ 42. “No ano passado, nesta mesma época, o boi estava mais caro e não tínhamos aumento nos preços dos insumos pecuários motivados pela alta do dólar”, explica o pecuarista Argeu Fogliatto. Os insumos citados são o sal mineral, arame, suplementos alimentares e o combustível. “Todos sofrem reajustes em função do dólar”, exclama.

A expectativa para este semestre, na análise do produtor, é recuperar o preço da arroba, que deverá passar de cerca de US$ 13 para US$ 18. “De maio a outubro acontece a entressafra do boi gordo. É neste contexto que aguardamos pela recuperação dos preços”, justifica.

Fonte: Diário de Cuiabá, adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. RICARDO BORGES SIMÕES disse:

    Não discordamos da opnião do Sr. Argeu Fogliatto, mas queremos lembrar a todos que quem dita o preço do boi no Brasil é a venda para o mercado interno, que consome mais de 90% de nossa produção.

    A melhora que nosso colega colocou em sua exportação é insignificante no contesto do preço do boi e não podemos hoje trabalhar com o câmbio nos patamares atuais, porque não é REAL e todo mundo é consciente disso.

    Só queremos registrar que uma melhora na exportação do Brasil só vai enfluenciar no preço da arroba o dia que o quadro de vendas inverter. ou seja exportarmos 80% de nossa produção e colocarmos o restante no mercado interno, dependendo da concorrencia no exterior que hoje todos no mundo lutam contra a exportação de carne do Brasil.

    “Quem dita o preço do boi no brasil é o próprio consumo do brasil, se não há consumo infelizmente não tem como repassar um melhor preço ao produtor”.