O Paraguai contará com uma auditoria sanitária da União Européia (UE) no segundo semestre de 2006, porque o calendário dos técnicos europeus para a primeira metade do ano já está completo, segundo informou o vice-ministro de Pecuária do país, Gerardo Bogado.
Desta forma, a inspeção deverá ser solicitada entre agosto e setembro deste ano, a fim de que esta possa ser realizada no período agendado.
Bogado disse que ainda existem muitas decisões a serem tomadas. Segundo ele, a inspeção européia será feita em todo o país e não somente em regiões, como foi em ocasiões anteriores (Chaco central e San Pedro). Também é necessário encontrar uma solução para a faixa de segurança implementada pela Argentina em 25 quilômetros da fronteira do Paraguai, onde o país vizinho não realiza exportações ao mercado da UE.
Para que a auditoria da UE seja realizada com êxito, o Paraguai precisa ter um sistema de rastreabilidade implementado e o serviço veterinário oficial fortalecido; deve haver dados que possam corroborar os inspetores. “Não basta ter resoluções e decretos. Tem que estar em funcionamento tudo o que apresentamos e agora estamos em um momento ideal para começar a trabalhar, porque contamos com todos os elementos”.
Nesta semana uma equipe técnica multi-setorial na Associação Rural do Paraguai (ARP) foi integrada, com participação da Sub-Secretaria de Pecuária, do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal (Senacsa), da ARP e da Câmara Paraguaia de Carne, para fazer um diagnóstico da situação atual e estabelecer estratégias a seguir para recuperar o mercado da UE. A Comissão deverá definir também o orçamento, que será proveniente de setores público e privado.
Vacinação
A fim de manter o precioso status sanitário de livre de aftosa recém outorgado pela Organização Mundial de Sanidade Animal (OIE), o Paraguai vacinará cerca de 10 milhões de cabeças de gado bovino. A cobertura de vacinação deve alcançar 98% do rebanho do país, de acordo com o presidente do Senacsa, Hugo Corrales.
Ele disse que o certificado da OIE permite que o Paraguai entre novamente no círculo de países privilegiados dentro do circuito sem aftosa; por isso, é fundamental a imunização contra esta doença para fortalecer este status. “Somente com esta certificação a carne paraguaia pode ingressar nos mercados mais exigentes e que pagam melhor”.
Segundo ele, apesar de o período de vacinação terminar em 30 de junho, a parte operacional e a inscrição nos registros do Senacsa vão até 15 de julho.
Fonte: La Nación e Diario ABC Color, adaptado por Equipe BeefPoint