Rússia importará mais carnes dos EUA

Rússia e os Estados Unidos firmaram um acordo sobre importação de carnes no mercado russo por um longo período, informou ontem o Ministério do Comércio e Desenvolvimento Econômico da Rússia.
O acordo, que foi assinado pelo representante do comércio da Rússia aos Estados Unidos, Andrey Dolgorukov, faz parte das tentativas da Rússia em entrar para a OMC e ajudará a aumentar as exportações de carne dos EUA para o mercado russo.

Aves

A Rússia vai substituir as cotas anuais de importação pela chamada “medida especial para regulamentação das tarifas”. Como resultado, o volume de aves a serem importadas este ano crescerá para 1,09 milhão de toneladas a uma taxa de 25%, enquanto a cota anterior limitava a 1,05 milhão.

Neste ano não será permitido um volume superior a este nível, mas para os próximos quatro anos, volumes acima das medidas especiais poderão entrar no país a uma taxa de 62,5% entre 2006 e 2008 e 50% em 2009.

Os Estados Unidos poderão oferecer 74,4% do volume da cota anual, que será elevada gradualmente a 1,252 milhão de toneladas em 2009. A cota de aves também inclui os frangos desossados mecanicamente usados para outros processamentos.

Carne bovina

A cota anual de carne bovina não mudará neste ano, ficando em 430 mil toneladas. O volume também aumentará aos poucos, para 450 mil toneladas em 2009. Os EUA já têm autorização para vender 4,1% da cota anual a uma taxa de 15%. As quantidades acima do permitido são taxadas a 60%, mas essa cobrança cairá para 55% em 2006 e 2007 e para 50% em 2008 e 2009.

Carne suína

O governo também vai aumentar as cotas de importação de carne suína neste ano por meio das “medidas especiais”, definindo um volume de 467,4 mil toneladas. Assim como os demais, essa quantidade crescerá gradualmente, a 502,2 mil toneladas em 2009.

A Rússia prometeu não adotar nenhuma medida de proteção para os itens especificados na medida especial antes de integrar a OMC, uma vez que depois todas as disputas serão resolvidas dentro das regras da entidade.

Fonte: Estadão/Agronegócios (por Alexandre Rodrigues), adaptado por Equipe BeefPoint