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Carrefour Brasil venderá só ovos de galinhas criadas sem gaiola

O grupo Carrefour anunciará em breve o compromisso de comercializar no Brasil apenas ovos de galinhas provenientes do sistema livre de gaiolas, conhecido como “cage-free”, que promove o bem-estar animal na criação e manejo das aves poedeiras.

Conforme adiantou ao Valor, a nova determinação será cumprida em duas etapas: os ovos das marcas próprias Carrefour serão oriundos do sistema de produção livre até 2025, até que 100% dos ovos vendidos pela varejista sejam incluídos no compromisso em 2028.

Para isso, o grupo pretende trabalhar com fornecedores e na conscientização do consumidor, a fim de mostrar a importância da nova política da casa.

A empresa não divulga o volume de ovos que recebe dos 20 fornecedores que tem no país. Mas afirma que, no patamar atual, 700 mil galinhas seriam atingidas pela política de bem-estar animal.

“Entendemos que, como varejista, temos o papel de criar um elo valioso entre o consumidor e a cadeia produtiva, colaborando para promover mudanças significativas nos hábitos de consumo”, diz Paulo Pianez, diretor de Sustentabilidade do Carrefour Brasil.

Conforme o executivo, as marcas próprias de ovos já equivalem a pouco mais da metade dos ovos comercializados pelo Carrefour.

O compromisso foi costurado com apoio de organizações de defesa animal, como Animal Equality, Fórum Nacional de Proteção e Defesa Animal, Humane Society International e Mercy For Animals. No ano passado, o setor varejista de alimentos foi alvo de ataques no Brasil por parte dessas entidades.

O Pão de Açúcar, principal rival do Carrefour no país, já a política de compra de ovos de galinhas livres para suas marcas próprias, que representam quase 80% da movimentação do grupo. Assim, como o Carrefour, tem até 2025 para concluir a transição de modelos de produção, mas ainda não tem prazo para a conversão total de seus ovos.

A pressão das ONGs gerou a necessidade de um posicionamento mais transparente do Carrefour e acelerou os trabalhos de implementação de ações. A empresa realizou três fóruns de discussão desde o ano passado, sendo que no último, há duas semanas, anunciou o cronograma de adaptação à política de bem-estar aos fornecedores.

Em setembro, levará produtores e representantes de ONGs à sede na França para um workshop de três dias para a apresentação de tecnologias já disponíveis no mercado para o bem-estar animal. Outro evento similar está previsto para novembro, no Brasil.

Fonte: Valor Econômico.

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