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EUA: NCBA avança no programa nacional de identificação

A Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina dos Estados Unidos (National Cattlemen’s Beef Association – NCBA) está há algum tempo preocupada com a questão de proteger os direitos e a confidencialidade dos produtores no que se refere ao sistema nacional de identificação animal. Os membros da associação também estão preocupados com ritmo aparentemente muito lento do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) na resolução destas questões.

Em dezembro de 2003, quando os EUA registraram o primeiro caso de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), ou doença da ‘vaca louca’, pensou-se que isso criaria incentivos significantes para acelerar o processo de implementação de um sistema nacional de identificação animal. No entanto, surpreendentemente não foi isso que aconteceu, uma vez que os EUA permanecem sendo a única nação com EEB que ainda não tem um sistema de rastreabilidade em funcionamento ou, pelo menos, que está começando a implementar um sistema deste tipo.

Os maiores clientes da indústria norte-americana de carne bovina, como o McDonald’s, têm gastado milhões para obter a verificação de origem através deste sistema. Além disso, o processo nacional de identificação animal continua tendo dificuldades, em parte devido à sua abordagem multi-espécies.

As indústrias de carne bovina e suína têm feito progressos significantes, mas a indústria de carne ovina ainda precisa chegar a um consenso sobre como irá identificar os animais (parece que os atuais identificadores de radiofreqüência (Radio Frequency IDentification – RFID) são muito grandes ou muito pesados para serem usados com ovinos).

Desta forma, as preocupações da NCBA com relação à visão e o desenrolar das atitudes do USDA convenceram a organização que este é o momento de agir agressivamente nesta questão.

Na semana passada, a Comissão de Identificação Animal (Animal Identification Commission – AIC) da NCBA selecionou uma equipe das empresas BearingPoint, VIATrace, Microsoft e S&H Marketing para fornecer uma plataforma de informações para o programa. Esta equipe manterá a confidencialidade de seus dados, com os oficiais estaduais de nacionais de saúde sendo capazes de acessar esses dados no caso de uma emergência de saúde animal.

A BearingPoint, companhia bastante reconhecida nacionalmente, foi determinada como sendo a mais bem equipada para oferecer um sistema amplo e seguro de armazenamento de informações. A empresa tem uma grande experiência em grandes sistemas de integração e o que a comissão descreveu como um entendimento demonstrado das necessidades do produtor e dos governos federal e estaduais. A NCBA planeja fazer um exame beta de seu sistema em primeiro de outubro e que este seja totalmente operacional a partir do início de 2006.

Um sistema nacional de identificação animal terá um papel crucial em ajudar os EUA a recuperar seus mercados de exportação, bem como em fornecer infra-estrutura para ajudar – pela primeira vez – o fluxo de informação para dentro e para fora do sistema conforme a necessidade dos produtores. Um consórcio multi-espécies irá inspecionar e administrar o programa como uma entidade sem fins lucrativos.

Hoje, existe uma crescente aceitação no mercado por pagamentos premiums para bovinos com identificação de origem, genética, processo e verificação de idade. Para os produtores que querem vender seus bovinos, é importante esta documentação.

O sistema nacional de identificação animal dos EUA não está caminhando muito rapidamente em termos nacionais, mas a indústria de carne bovina parece não estar disposta a esperar enquanto os problemas filosóficos e tecnológicos são trabalhados por grupos de outras espécies animais e pelo USDA. Provavelmente, quando o USDA agir, a indústria de bovinos terá 10 firmas competindo pelo seu negócio.

Fonte: BEEF Cow-Calf Weekly (por Troy Marshall), adaptado por Equipe BeefPoint

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