A Irlanda está fazendo firmes progressos na obtenção de uma segurança completa e melhor qualidade dos alimentos, especialmente no que se refere à rastreabilidade, de acordo com o relatório anual sobre os dados do ano passado divulgado pelo Ministério da Agricultura da Irlanda.
Segundo o relatório, em 2001, as disposições do Esquema de Segurança Nacional da Carne Bovina, que entrou em vigor em 2000, foram estendidas passando a incluir registro e inspeção dos comerciantes. Além disso, o ato passou a incluir o setor de ovinos com a introdução de sistemas de identificação individual nos animais.
Segundo o ministro da Agricultura irlandês, Joe Walsh, a febre aftosa dominou o ano passado. “2001 foi, sem dúvida, um ano memorável, devido à bem sucedida campanha para conter a disseminação da febre aftosa. Um estudo econômico independente ilustrou graficamente quais os assuntos que o país teve que enfrentar e não teve sucesso e porque precisamos sempre estar vigilantes com relação à prevenção de doenças animais”.
Segundo Walsh, a disseminação da doença resultou em uma proibição a todas as exportações de produtos suscetíveis, em um amplo programa de abate e eliminação de animais e em uma perda de estoques que prejudicaram a reputação da Irlanda como produtor de alimentos. “Dependendo da extensão do foco da doença e do alcance das barreiras de exportações, o surgimento de febre aftosa pode reduzir o produto interno bruto (PIB) em 5,6 bilhões de euros (US$ 5,50 bilhões) – 5,4% – através do impacto no setor agrícola, sem mencionar as implicações negativas adicionais para o setor de turismo e os demais setores relacionados com a economia doméstica”.
Delegação ao Egito
A Irlanda mandará ao Egito ainda nesta semana uma delegação com o objetivo de restaurar completamente e manter este mercado de exportação de carne bovina.
O assistente da Secretaria Geral, Tom Moran, e o médico veterinário vice-chefe do Departamento de Agricultura da Irlanda estarão se encontrando com autoridades egípcias para discutir as exportações de carne bovina. O ministro da Agricultura irlandês disse que este contato que está sendo feito entre as autoridades dos dois países é um elemento essencial na segurança e na construção de um comércio exterior.
“No caso da carne bovina, a experiência dos outros anos demonstra a necessidade de contatos políticos, técnicos e diplomáticos com o objetivo de garantir que o aumento de nossos controles e a segurança e qualidade dos produtos que resultam disso estão sendo bem conhecidos pelos nossos parceiros comerciais. O sucesso na reabertura de mercados é o que evidencia a efetividade de nossa política”, disse Walsh.
No que se refere ao Egito, Walsh disse que um grande esforço está sendo feito para a abertura deste mercado. Ele disse que ficou satisfeito com o fato das autoridades egípcias no ano passado terem concordado com esta medida, seguindo uma detalhada avaliação dos nossos controles de segurança dos alimentos.
O comércio entre os dois países já teve início, sendo que o primeiro carregamento de carne bovina irlandesa foi enviado ao Egito no início do verão. As discussões desta semana fazem parte de um contato entre a Irlanda e o Egito com o objetivo de garantir que os acordos práticos de comércio estão satisfazendo da melhor forma possível ambas as partes, segundo Walsh.
Fonte: MeatNews, adaptado por Equipe BeefPoint