Cinco produtores de bovinos do norte catarinense receberão indenizações hoje, das mãos do secretário de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Moacir Sopelsa.
Em Guaramirim, três pecuaristas receberão um total de R$ 11,4 mil pelo abate sanitário de 19 animais vítimas de brucelose. O ato será na sede da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Regional de Jaraguá do Sul, às 10h.
Outros dois produtores rurais da região de Mafra serão compensados com R$ 6,8 mil pelo sacrifício de dez animais contaminados pela tuberculose.
Santa Catarina é o único estado brasileiro livre da vacinação contra brucelose bovina e que indeniza os criadores pelo abate sanitário dos animais. O status foi alcançado este ano, com um trabalho de erradicação da zoonose desenvolvido pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc).
De acordo com o secretário, o Programa de Combate à Brucelose do governo federal tornou obrigatória a vacinação de fêmeas de quatro a oito meses em 2002.
Santa Catarina conseguiu alcançar índices internacionais de prevalência da zoonose, com apenas 0,03% do rebanho. Ao comprovar a baixa incidência da doença, a Cidasc obteve autorização para evitar a vacinação e realizar o abate de animais contaminados conforme recomendações técnicas internacionais, o que valoriza o plantel catarinense.
Hoje, o estado conta com um rebanho de aproximadamente 3,2 milhões de bovinos. Além de estar livre da doença de febre aftosa, sem vacinação, o rebanho ganha novo selo de qualidade com a erradicação da brucelose. “Estamos certificando um padrão tão alto de sanidade que permite aos produtores alcançarem mercados mais exigentes no exterior”, afirmou Sopelsa.
Neste ano, foram indenizados em primeira etapa 21 pecuaristas da Grande Florianópolis, do oeste e sul. Na segunda etapa, serão mais 16 proprietários de 95 animais, com R$ 67 mil.
Fonte: Clic RBS/Agrol, adaptado por Equipe BeefPoint