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EVAPEC reúne principais nomes da pecuária em Goiânia

Um encontro inédito entre pecuarista, frigorífico e indústria aconteceu nos dias 25 e 26 de agosto, em Goiânia (GO), durante o I EVAPEC (Encontro Vallée de Atualização Pecuária de Corte). Há muito tempo não se reunia num mesmo evento importantes nomes da pecuária de corte.

Entre eles, estavam presentes: Antenor Nogueira, Presidente do Fórum Nacional Permanente da Pecuária da Confederação Nacional de Agricultura (CNA); João Carlos de Souza Meirelles, Secretário de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo; Sérgio Yatabe, consultor do frigorífico Marfrig; Fabiana Perobelli da BM&F; Jeremiah O’Callaghan, Diretor da COIMEX Traiding Company; Leôncio Brito, Presidente da Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul; Sebastião Guedes, Presidente do Conselho Nacional de Pecuária de Corte; Esther Cardoso, Pesquisadora Embrapa Gado de Corte; Peter Beck, Diretor da Rede de Restaurantes OUT BACK; Constantino Ajimasto Jr, Presidente da Associação Brasileira do Novilho Precoce; Eduardo Pedroso, Diretor da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil e Arnaldo Eijsink, Diretor de Agronegócio do Grupo Carrefour.

Apesar das diferentes atuações, os palestrantes foram unânimes ao dizer que a pecuária de corte bovina no Brasil precisa se organizar em cadeia produtiva e buscar a qualidade total. Segundo eles, a falta de controle deixa a atividade muito vulnerável.

Sebastião Guedes traçou um comparativo da atividade com a avicultura e a suinocultura que, segundo ele, souberam se organizar em cadeia produtiva e são produtos muito fortes no mercado interno e externo, especialmente a carne de frango. “Precisamos investir no consumo de carne bovina, colocá-la na merenda escolar e educar as nossas crianças a comer carne bovina. Também é preciso estabilizar o crescimento do rebanho brasileiro e pensar em sermos mais produtivos”, disse Guedes em sua palestra.


João Carlos de Souza Meirelles destacou o conceito de cadeia produtiva, no qual laboratórios, curtumes, açougues, exportadores, frigoríficos e pecuaristas devem sentar-se numa mesma mesa para discutir a cadeia produtiva da carne bovina. “O conceito de cadeia produtiva de uma indústria automobilística, por exemplo, é normal no mercado mundial, mas não foi absorvido pela atividade rural, com exceção das atividades avícolas e suinícolas no Brasil, que estão preparadas para as exigências do mercado”, informou Meirelles.

Segundo números apresentados no EVAPEC, em 2005 as exportações brasileiras de carne de frango serão mais que o dobro da Austrália e Estados Unidos juntas, são cerca de 2.600 milhões de toneladas. Das cerca de 9 milhões de toneladas de carne bovina que deverão ser produzidas em 2005 no Brasil, 6,7 milhões serão absorvidas pelo mercado interno e 2,3 milhões exportadas. Segundo estimativas da Coimex Traiding, em 2005 o consumo de carne de frango e suína no mercado mundial deve ser maior: suína, 16,3 kg por habitante; frango, 12,6 kg e bovina, 9,9 kg. No Brasil, o consumo de carne bovina aumenta: de 34,9 kg por habitante em 2004 para 36,3 kg por habitante em 2005.

Promovido pelo laboratório Vallée e com o apoio técnico do CEPEA da Escola Superior de Agricultura Luis de Queiroz (ESALQ/USP), da FAEG (Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás) e do Senar-GO, o I EVAPEC arrecadou cerca de R$ 5,5 mil com as inscrições, quantia que será doada para o Senar-GO a fim de ampliar os treinamentos de qualificação de mão-de-obra já realizados pela entidade. “Este evento e essa doação visam a maior necessidade do mercado hoje, que é a capacitação e a informação. Queremos não só oferecer o melhor insumo, mas também estimular e incentivar o crescimento e a organização da cadeia produtiva da carne bovina”, disse Ricardo Pinto, Diretor Comercial da Vallée.

Fonte: Assessoria de imprensa da Vallée

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