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Eduardo Krisztán Pedroso, gerente executivo da ACNB, Associação dos Criadores de Nelore do Brasil

Eduardo Krisztán Pedroso

Eduardo Krisztán Pedroso é gerente executivo da ACNB – Associação dos Criadores de Nelore do Brasil e coordenador do PQNN – Programa de Qualidade Nelore Natural

Formação: Zootecnista pela Fzea/USP e Especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela FEA/Unicamp

Cargo atual: Gerente Executivo da ACNB – Associação dos Criadores de Nelore do Brasil

Maior realização: Coordenação do desenvolvimento, implantação e gestão do PQNN – Programa de Qualidade Nelore Natural, programa que já avaliou mais de 1.2 milhões de carcaças, 25 mil toneladas de carne desossada e emitiu mais de 16 milhões de selos de qualidade.

O que espera realizar: Consolidar o PQNN no mercado da carne como referência de qualidade para o consumidor e remuneração diferenciada ao pecuarista cadastrado e associado. E contribuir, por conseqüência, ao incremento de demanda e uso de genética superior da raça Nelore.

Livro que recomenda: Paixão por vencer, de Jack Welch.

Personalidade que admira: Dr. Fernando Penteado Cardoso.

Dica de sucesso: Trabalho, trabalho, muito trabalho, qualidade de equipe e perseverança.

Ditado preferido: “Queixada fora do bando é comida de onça – slogan da ACNMT”. Precisamos trabalhar para que a base produtiva se profissionalize com relação às questões comerciais. Valor agregado no boi de qualidade depende de estruturação de oferta, escala, padrão e regularidade de fornecimento. Isso é trabalho de equipe. Não há espaço para sucesso isolado.

Personalidade de destaque no setor: Prof. Dr. Pedro Eduardo de Felício a quem considero um grande mestre e orientador.

O que está melhorando no setor: Com as baixas margens de rentabilidade da atividade, não há mais espaço para pecuária extensiva, extrativista e de baixa produtividade. Os momentos de crise geram reflexão e amadurecimento. A profissionalização avança a passos largos.

O que falta no setor: Atitude associativa. A receita que deu certo no passado, não mais funciona no presente e não funcionará no futuro. É preciso exercitar a visão global da atividade, economia de escala, estratégia e planejamento para atingir níveis de melhor remuneração e rentabilidade. É preciso aprimorar a inteligência comercial.

Visão de futuro: Posicionar o sistema de produção de carne a pasto, em clima tropical, como um novo conceito de carne de qualidade – para o Brasil e para o mundo. Precisamos nos orgulhar da nossa realidade produtiva, precisamos melhorar nossa auto-estima comercial. E vender muita carne saudável de boi alimentado a capim – com marcas nacionais, com seriedade e credibilidade, tanto no mercado interno quanto no externo.

O BeefPoint para você: Um divisor de águas no que se refere a agilidade de acesso a informação sobre pecuária de corte e mercado da carne.

0 Comments

  1. FRANCISCO FRANCIOLI PEDROSO disse:

    Olá Eduardo,

    Sou médico veterinário na região norte do Mato Grosso e acompanho de perto esta pecuária extensiva e ineficiente na maioria das propriedades que vejo.

    Aqui convivemos com as empresas agropecuárias que buscam tecnologia e eficiência na produção, e “fazendeiros por ocasião” que se acostumaram com altos lucros anteriores e agora nada fazem para mudar a situação a não ser reclamar.

    Desejo sucesso e acredito também que tudo só poderá ser mudado com muito trabalho e perseverança.

  2. Fernando Penteado Cardoso disse:

    Bem lembrada a indicação de Eduardo Pedroso para personalidade BeefPoint.

    Ele vem executando nos últimos anos um importante programa concentrado em valorizar a qualidade da carne de nosso Nelore criado a campo.

    Ainda ontem, ao lhe agradecer a honrosa menção de meu nome, me disse que tem havido acentuado progresso na porcentagem de bois apresentados com boa qualidade, bem como a idade média de bois bem acabados para abate vem se reduzindo.

    Desse modo estão se criando critérios realistas para melhoramento da raça, com seleção das melhores carcaças produzidas a pasto.

    Faz-me lembrar dos conceitos formulados dias atrás pelo insigne Prof. Miguel Reale: “viver é agir num mundo de valores e, conforme a escolha neste, nossa existência adquire um sentido. O tédio é a antítese da vocação para agir, o contrário ao impulso para obter algum resultado, algum fim, realizando um valor”. (OESP 10.9.05, pág.A2).

    Continue, Eduardo, você está “realizando um valor”!

    Grande abraço.