O presidente da Associação Nacional dos Produtores de Carne Bovina (NCBA) dos Estados Unidos, Wythe Willey, testemunhou antes da ocorrência de um painel interagências do Escritório da Agência Comercial dos EUA (USTR) nesta semana com relação às barreiras comerciais, as quais restringem o acesso à carne bovina norte-americana.
A USTR está discutindo as negociações comerciais e a eliminação de barreiras comerciais no Hemisfério Ocidental. “O NCBA tem trabalhado incansavelmente pela Autoridade de Promoção Comercial (APC) e apóia a agenda pró-comércio da Administração na Organização Mundial do Comércio (OMC). Nós apoiamos esta agenda porque é a coisa certa a se fazer pelos pecuaristas da nação, pela agricultura dos EUA e pelo país”.
Willey citou a redução de tarifas como um dos principais fatores das políticas de negociações comerciais, e solicitou o estabelecimento de um sistema de tarifas e de Cotas de Taxas de Tarifas (TQRs) para fornecer uma “rede segura” contra aumentos nas importações e preços predatórios.
“Os EUA têm o maior e melhor mercado de carne bovina do mundo – devido, em parte, aos esforços de promoção feitos pelos pecuaristas. Nós somos também o segundo maior exportador mundial de carne bovina. Devido à posição única de nossa indústria, como importador e exportador, nós precisamos considerar o balanço, a eqüidade e a imparcialidade das iniciativas comerciais propostas para assegurar que elas fornecerão tanto quanto ou mais acesso à carne bovina norte-americana assim como concedemos para as carnes importadas”.
O NCBA solicitou a resolução de vários assuntos com o fim de conseguir uma Área de Livre Comércio nas Américas (Alca) em um caminho paralelo com as negociações da OMC para 2005:
– Regulamentações baseadas em ciência: a política precisa ser direcionada potencialmente por preocupações relacionadas à biossegurança. “Nós temos testemunhado os enormes custos econômicos e sociais da febre aftosa e da doença da “vaca louca” (encefalopatia espongiforme bovina – EEB) que devastou a indústria de carne bovina da Europa. Nós estamos determinados de que a indústria da América do Norte não seja exposta ao mesmo destino”.
– Subsídios de exportação: A indústria de carne bovina dos EUA não usa subsídios de exportação e a NCBA apóia a proposta da Administração de anular em fases todos os subsídios de exportação dentro de cinco anos.
– Suporte doméstico: A NCBA deseja trabalhar juntamente com a Administração nas estratégias de redução de todo o suporte doméstico na indústria global de carne bovina, e considerará uma proposta de zero para zero ou propostas para redução substancial dos suportes domésticos no setor de carnes.
– Questão do acesso a mercados: Os mercados de carne bovina de outros países desenvolvidos permanecem virtualmente fechados à carne dos EUA ou protegidos por tarifas relativamente altas. A NCBA apoiará o contínuo movimento no sentido de redução de tarifas e expansão das TQRs, mas somente como parte de um compreensivo pacote que direcionará os subsídios à exportação, subsídios à produção e uma contínua e crescente lista de Barreiras Sanitárias e Fitossanitárias, bem como Técnicas, para as Questões Comerciais.
Fonte: AgWeb (por Julianne Johnston), adaptado por Equipe BeefPoint