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Greve de fiscais agropecuários pode afetar exportações

Ainda enfrentando uma queda de cerca de 20% no comércio exterior por causa da greve dos fiscais da Receita Federal e dos embargos decretados a produtos devido à aftosa, as indústrias de produtos animal e vegetal preparam-se para novo baque nos negócios: a paralisação dos fiscais agropecuários.

Com pauta de reivindicações que passa por melhorias salariais e de condições de trabalho, a categoria entra em greve segunda-feira, mantendo apenas serviços essenciais como combate à febre aftosa e prevenção contra gripe das aves.

“Se essa greve se concretizar, o maior prejuízo será a imagem do Brasil lá fora, a exposição da imagem crítica que estamos vivendo”, analisou o assessor econômico do Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado do Paraná (Sindicarnes-PR), Gustavo Fanaya. Segundo ele, a expectativa é que não haja adesão integral dos fiscais que atuam nos frigoríficos. “Isso inviabilizaria todo o processo das empresas”, afirmou.

Para Fanaya, a expectativa é que o governo federal feche acordo com a categoria. No País, há cerca de 4,5 mil fiscais federais agropecuários na ativa, aproximadamente 230 no Paraná.

Sem a fiscalização, a liberação de exportação e importação de produtos de origem animal e vegetal também será interrompida em portos, aeroportos e postos de fronteira. O superintendente do Ministério da Agricultura no estado, Francisco Signor, disse que ainda acredita em um entendimento entre os funcionários e a União até segunda-feira.

O presidente de honra da Associação Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários, José Silvério da Silva, garantiu que a greve não tem a ver com a crise da aftosa. “Estamos negociando com o governo desde outubro de 2004 e já adiamos a paralisação três vezes”, lembrou.

Fonte: Zero Hora/RS e Paraná On Line (por Lyrian Saiki), adaptado por Equipe BeefPoint

0 Comments

  1. Louis Pascal de Geer disse:

    Cada vez que um segmento do serviço público entra em greve, levanta-se a questão da legalidade ou não de parar total ou parcialmente os serviços públicos.

    Considero este ato de greve hoje totalmente inoportuno e desleal ao país.

    Pode se perguntar se os fiscais agropecuários podiam ter feito mais em termos de prevenção e combate à febre aftosa. Numa situação desta, tinham mais é que pensar na qualidade do trabalho e usar o direito de greve somente como último recurso.

  2. Irene Francioli Pedroso disse:

    Acredito que os fiscais devem ter razão de sobra para reivindicar os seus direitos, assim como acredito que este não é o melhor momento.

    É puro oportunismo. Estão aproveitando que o governo está no chão, para dar o golpe de misericórdia. O país não pode passar por isso agora. Estamos na vitrine mundial e muita gente quer quebrar o vidro. Seria melhor dar um tempo para que as coisas voltem ao normal e daí partir para o tudo ou nada.

    Para quem ganha até 40 salários mínimos garantidos no final do mês é fácil cruzar os braços. Porém para os trabalhadores privados do setor que mal recebem 03 salários, faz muita diferença. Sem dizer que à partir deste mês podem estar desempregados devido a um mal resultado nos controles sanitários (leia-se governo federal).

    Pensem que este natal deverá ser ruim para todos. Sem produção, a economia é prejudicada em todos os setores, não só no de carne bovina.

    Pensem! O trabalhador brasileiro será a única vítima.

    Leocádio Cunha
    Antonina – PR