Mesmo assim, os abates de bovinos deverão somar 30,1 milhões de cabeças em 2023, um aumento de 2,7% em relação a 2022. O incremento deve-se à decisão dos pecuaristas de reter fêmeas nos últimos anos.
Com um rebanho maior e o início do processo de descarte de vacas no ciclo pecuário, a produção de carne bovina deverá crescer 2,9%. Dessa forma, as exportações tendem a crescer 5% no ano que vem. Já o consumo per capita no Brasil poderá ter uma ligeira elevação e atingir 26 quilos por habitante ao ano.
Os abates de aves deverão aumentar 3,2% em 2023, para 6,29 bilhões de frangos. Já as vendas externas poderão cair 1,7% e ficar em 4,5 milhões de toneladas. A combinação desses fatores vai resultar em um provável aumento da oferta interna de 4,2%, elevando a disponibilidade per capita acima dos 51 quilos por habitante por ano, projetou a Conab.
A abertura de novos mercados para a carne suína brasileira, como países do Sudeste Asiático e o Canadá, deve amenizar a queda das exportações para a China, onde o rebanho de porcos se recupera após a grave crise sanitária provocada pela peste suína africana.
A tendência para o ano que vem, segundo a Conab, é de aumento de 6,7% nos abates, mas não haverá aumento na produção da proteína em virtude da queda do peso médio dos animais, causada pelos altos custos na alimentação dos plantéis.
Fonte: Valor Econômico.