A ingerência sobre formação de preços na cadeia da carne no Brasil pode não ter se restringido à compra de boi para abate, mas também na venda do produto ao varejo. O frigorífico Friboi pode ter exercido o controle dos preços no mercado interno. É o que revelam novos trechos das gravações feitas pelo empresário José Almiro Bihl, proprietário do frigorífico Araputanga (Frigoara), que trava uma disputa com o Friboi pelo controle do negócio.
A reportagem teve acesso às transcrições das conversas que ocorreram em Cuiabá, em junho de 2004. Todo o dossiê está nas mãos do procurador Mario Lucio Avelar, do Ministério Público Federal, de Cuiabá (MT).
Logo depois de citar conversas com os frigoríficos Bertin, Independência e Mataboi para combinações de preço para a compra de bois (formação de cartel), o presidente do Friboi, José Batista Junior, afirmou durante a gravação que também exerce o controle dos preços na venda para o varejo.
“Não… mercado interno nós estamos deixando ele… aí é o seguinte: quando começa a querer subir o preço do mercado interno, que o povo começa a querer um preço bom, nós vai lá e derruba o preço do mercado interno, nós vai lá e joga um mundo de carne lá no mercado interno, ai ó… aí (sic)”, disse.
O contexto da frase não torna muito clara se a superoferta de carne serviria para afetar os frigoríficos menores que abastecem o mercado interno ou as redes de varejo que teriam interesse em elevar os preços ao consumidor final. O que está implícito na frase é tentativa de demonstrar ao interlocutor quão forte se tornou o Friboi.
Fonte: O Estado de S.Paulo (por Agnaldo Brito), adaptado por Equipe BeefPoint
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É mentira, é invenção da oposição. Vamos recorrer ao Jobim no supremo.
Coitadinho do dono do Friboi, ele estava gravando teste para a nova novela da Globo pegaram a fita e mandaram para o ministério público.
O nome da novela é Rei do Gato, ninguém pega. Só que desta vez tenho certeza que não vira pizza. Vai virar churrasco, da costela do produtor.
Rodolfo Endres Neto
Brasileiro, pecuarista (ainda)