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Vacas, porcos e cabras podem sentir empatia e fazer amizades, diz estudo

Cabras, porcos e vacas são capazes de ter interações sociais e até formar amizades, indica o instituto alemão Farm Animal Biology (FBN). Segundo pesquisadores, esses animais de criação têm habilidades cognitivas semelhantes às dos seres humanos.

Os estudos buscam compreender como o ambiente e as interações sociais afetam o bem-estar desses animais, visando melhorar as práticas agrícolas e promover uma perspectiva considerada pelos especialistas como mais ética em relação aos animais da fazenda.

O trabalho de Christian Nawroth, biólogo comportamental da FBN, apresenta evidências de que as cabras exibem habilidades sociais comparáveis aos cães em alguns testes de inteligência.

O experimento chamado de “tarefa impossível”, conduzido pelo biólogo, apontou que os cães, ao se depararem com uma tigela de comida inacessível, buscam a ajuda humana para alcançá-la. As cabras, quando submetidas à mesma situação, demonstraram o mesmo comportamento que pode ser atribuído à intensa coevolução com os humanos.

Em outras experiências, as cabras, assim como os cães, mostraram a capacidade de distinguir entre expressões faciais felizes e zangadas, indicando uma sintonia com estados emocionais das pessoas.

A FBN também apresenta pesquisas que revelam a capacidade dos leitões sentirem empatia. Um estudo publicado este ano indicou que os suínos eram mais propensos a abrir uma caixa quando um porco estava preso dentro dela do que quando a caixa estava vazia.

Os testes apontaram que os leitões, em 85% das vezes, libertaram um companheiro preso em 20 minutos.

A pesquisa também sugere que os animais que passavam mais tempo olhando para o companheiro preso na caixa tinham maior probabilidade de ajudar, especialmente se o animal gritasse, sugerindo que os esses suínos eram sensíveis ao estado emocional dos companheiros.

Vacas formam ‘panelinhas’

Entre os bovinos, pesquisas realizadas com vacas criadas em pasto livre identificaram que elas formam amizades e até inimizades no rebanho.

Os testes apontaram que vacas previamente consideradas amigas começaram a se cuidar e seguir uma à outra quando reunidas, enquanto pares inimigos mostraram comportamento agressivo uma com as outras.

O estudo, ainda em estágio inicial, coleta dados de frequência cardíaca e níveis hormonais para compreender o impacto no rebanho causado pela separação do grupo das vacas consideradas “melhores amigas”.

A FBN afirma que essas iniciativas fazem parte de um campo de pesquisa em crescimento que desafia a ideia tradicional de que o gado é pouco inteligente e não merece atenção científica O entendimento do comportamento de animais de criação também pode ajudar os produtores a lidarem melhor com o seu rebanho.

Fonte: Globo Rural.

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