Adesão total à campanha de vacinação é única maneira de manter o Estado de São Paulo imune à febre aftosa
Rebanhos bovinos e bubalinos do Estado de São Paulo – em sua totalidade – devem ser vacinados contra febre aftosa. A medida é indispensável para sustentar a condição de “Área Livre” da doença, conquistada pela pecuária paulista por meio de eficiente trabalho de prevenção e combate, intensificado nos últimos dez anos.
A atual campanha de vacinação, iniciada nesse mês de novembro, tem influência direta na evolução econômica da produção pecuária. Um novo foco de aftosa no território paulista, apenas um que seja, trará também a impossibilidade de o Estado exportar a importantes consumidores internacionais, como União Européia e Estados Unidos. São Paulo responde por 70% de toda a carne bovina brasileira vendida ao mercado externo.
A responsabilidade de toda a cadeia em relação à campanha de vacinação aumenta ainda mais se considerarmos o fato de que São Paulo recebe, por ano, cerca de 1,5 milhão de animais vindos de outros Estados e até de outros países. Valem como referência os prejuízos econômicos registrados por Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul, após a descoberta de focos da doença.
Exemplos ainda mais contundentes, Argentina e Uruguai, países onde a vacinação já havia sido suspensa, registraram 1.600 e 800 focos, respectivamente. Esse ano, Uruguai deve somar prejuízos em torno de US$ 250 milhões por causa da febre aftosa. A ameaça também vem da Bolívia, país cujo controle sanitário ainda é bastante precário. O próprio governo brasileiro tem apoiado o vizinho fornecendo vacina, tecnologia e até mão-de-obra especializada.
A febre aftosa não afeta diretamente a saúde dos consumidores, pois não contamina as pessoas. Mas o estrago que pode causar ao agronegócio certamente chegará à população por outros caminhos. Destruindo rebanhos e reduzindo oportunidades comerciais, a doença propaga escassez de produtos e elevação de preços.
É preciso que todos os segmentos da pecuária de São Paulo estejam unidos nessa empreitada: produtores, técnicos, entidades, indústria veterinária, órgãos governamentais etc. Somar resultados positivos ou amargar prejuízos só depende da própria cadeia produtiva, com ações – diretas ou indiretas – que sustentem a prevenção e o combate à febre aftosa. Vacinar corretamente é o único caminho.
Informações úteis
– Mantenha a vacina na caixa de isopor até o momento da aplicação, com temperatura entre 2oC e 8oC. Não coloque-a no congelador.
– Utilize seringas e agulhas limpas e esterilizadas. Procure seguir sempre as precauções de higiene. A especificação das agulhas é 20×20.
– Antes de aplicar a vacina, verifique se a seringa está calibrada para o volume de 5ml, tomando precaução de evitar bolha de ar.
– Aplique com tranqüilidade, sem a preocupação de bater recordes de animais vacinados por hora.
– Coloque um número de animais no tronco suficiente para que fiquem apertados, procurando, com isso, imobilizá-los.
– Vacine animais de todas as idades, evitando misturar jovens com adultos.
– O local correto de aplicação da vacina é na tábua do pescoço. Não aplique em regiões de carnes nobres, como linha do dorso lombar e traseiro.
– Aplique a vacina no sentido contrário à posição da cabeça do animal, ou seja, de trás para a frente no tronco.
– Vacine todo o rebanho certifique-se de que todos os animais receberam a dose integral, evitando refluxo.
– Siga sempre as recomendações contidas no frasco da vacina.
Atenção: Exija a nota fiscal de compra da vacina e não deixe de atualizar seu cadastro junto ao Serviço de Defesa Agropecuária.
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