O Citi revisou as estimativas para os resultados dos frigoríficos brasileiros no quatro trimestre de 2023. Segundo o banco, Minerva e BRF devem ter os melhores desempenhos do período, mas a principal aposta é a JBS, mesmo com uma pressão negativa nos Estados Unidos.
“Prevemos melhorias sequenciais para todas as operações, exceto US Beef, impulsionando o crescimento consolidado da margem”, dizem os analistas Renata Cabral e Tiago Harduim, em relatório. O desempenho deve ser puxado pela Seara e pela operação na Austrália.
O banco projeta uma margem Ebitda consolidada de 6,3%, um aumento de 50bps no comparativo com o trimestre anterior.
No caso da Marfrig, a National Beef deve registrar margem Ebtida de 3%, uma contração trimestral, mas ainda acima de seus pares, diz o Citi. Por outro lado, há expectativa de uma melhora no cenário para a carne da América Latina.
A Minerva deve ser favorecida pelo ciclo positivo do gado no Brasil e na América Latina, apoiando margens “decentes” e encorajando aumentos de volume, segundo o Citi.
“Esperamos vendas no quatro trimestre de R$ 7,7 bilhões e Ebitda de R$ 785 milhões. A margem Ebitda deve atingir 10,2%, um aumento de 10bps no comparativo entre trimestres, devido à alavancagem operacional”, projetam.
Já a BRF deverá ter um trimestre sólido, com o banco mantendo perspectivas positivas para o custo da ração, o que provavelmente impulsionará a expansão das margens em todas as divisões.
O banco projeta um faturamento da BRF de R$ 15,6 bilhões no quatro trimestre, com Ebitda de R$ 1,8 bilhão. “Esperamos que tendências de melhorias nos preços dos grãos impulsionem a expansão das margens”, dizem.
Segundo eles, a rentabilidade das carnes in natura do Brasil deverá melhorar com a dinâmica favorável de preços e custos. “Ainda assim, permanecemos neutros/risco alto, uma vez que vemos vantagens limitadas nos atuais níveis de avaliação”, afirmam.
Fonte: Globo Rural.