Uruguai: exportações terão novo recorde neste ano

O setor de carnes do Uruguai gerou divisas de US$ 796 milhões até três de dezembro deste ano, o que denota um aumento de 22% com relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com os dados estatísticos do Instituto Nacional de Carnes (INAC).

As exportações de carne bovina cresceram 18% em volume e 22% em valor, ficando em 428,98 mil toneladas peso carcaça (com osso), por um valor de mais de US$ 683 milhões.

Os principais compradores de carne bovina do Uruguai foram os Estados Unidos em primeiro lugar, seguido pelo Canadá. Em seguida estão os países da União Européia (UE), os países do Mercosul, Israel, Cuba e Ilhas Canárias.

O abate de animais até agora neste ano (até dia 3 de dezembro) já superou a marca registrada no ano passado, que, por sua vez, tinha constituído um recorde histórico. Espera-se que os abates nos estabelecimentos habilitados, até o final do ano, fiquem em torno de 2,36 milhões de cabeças,segundo estimativas do INAC, ou seja, cerca de 220 mil cabeças a mais que em 2004.

A falta de água que atualmente atinge quase todo o país determina um aumento considerável da oferta de gado gordo aos frigoríficos.

Em novembro, além de ter superado todos os registros anteriores com relação aos volumes exportados, também se atingiu o maior valor para o período. Neste mês, a colocação foi de US$ 75 milhões.

A intensidade da demanda externa por carne uruguaia se relaciona com o surgimento de febre aftosa no Brasil.

Ao se analisar as vendas do produto por destino, constata-se uma queda relativa das vendas aos EUA e um aumento correlativo das colocações para Europa, Chile e Brasil. Neste último caso, a tendência se explica pelo desabastecimento – basicamente de assados – sofrido no Rio Grande do Sul, que não pode trazer carne dos Estados situados mais ao Norte devido às restrições sanitárias.

Fonte: Espectador, El País e INAC, adaptado por Equipe BeefPoint