O status de livre de encefalopatia espongiforme bovina (EEB), conhecida como doença da “vaca louca”, da Nova Zelândia é vital para o futuro dos mercados de exportação de carnes do país. Neste contexto, a decisão do Ministério da Agricultura e Floresta (MAF) neozelandês de conduzir uma revisão nas Regulamentações de Biossegurança de 1999, referente às proteínas ruminantes, destaca esta importância, de acordo com o executivo de projetos especiais da Meat New Zealand, Allan Fraser.
A recente confirmação da diseminação de EEB para Israel, Japão e vários países da Europa, somada à hipótese de que a EEB possa estar presente em ovinos, vem significando que os mercados mundiais de carnes querem importar de países que tenham garantia de serem livres de encefalopatias espongiformes transmissíveis (EET), como a Nova Zelândia.
“Nosso status de livre de EETs está sendo notado por estes mercados. Apesar de tudo, eles querem ter certeza do fato de que nós estamos trabalhando ativamente contra a doença e reforçando as medidas contra qualquer disseminação”.
A proposta do MAF parece ser pragmática em sua determinação de estender a determinação de proteína animal para proteína ruminante, para cobrir outras fontes especificas, disse Fraser. “Nós reconhecemos a necessidade disso, a qual é direcionada pela necessidade de se ter medidas efetivas de detecção da presença de proteínas de mamíferos nos alimentos dos animais”.
A Meat New Zealand também se disse satisfeita com a tentativa do governo neozelandês de esclarecer as partes das regulamentações relacionadas ao uso de alguns fertilizantes, bem como à pratica de uso de água de esgoto processada para irrigação.
“Nós estamos aconselhando os produtores rurais contra a prática do uso de fertilizantes à base de sangue de ruminantes ou de farinha de osso em suas pastagens devido ao potencial risco de contaminação. É certamente gratificante ver que o MAF está cuidando de todo o assunto, com o objetivo de distinguir o que pode e o que não pode ser aplicado nas pastagens, bem como quando os animais podem se alimentar de forma segura de pastos irrigados”.
Entretanto, os novos sistemas propostos significarão custos adicionais a toda a indústria de carnes da Nova Zelândia. A Meat New Zealand está preocupada com as propostas do MAF justamente devido aos custos adicionais destas regulamentações da indústria. A entidade espera que o governo financie as medidas que garantem a segurança, por se tratar de um assunto de interesse nacional.
Fraser disse que a Meat New Zealand está trabalhando junto ao MAF para tentar garantir que as novas medidas impostas sejam praticáveis e com um custo efetivo, além de capazes de reduzir os riscos do surgimento de EETs no país, mantendo as portas dos mercados externos abertos para as carnes neozelandesas.
Fonte: MeatNews, adaptado por Equipe BeefPoint