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Virada no preço do boi em MT só vem em 2025, dizem criadores

O preço do boi deve melhorar a partir de outubro, mas a situação financeira do pecuarista em Mato Grosso tende a continuar em uma curva negativa até o final do ano. É o que avalia o presidente da Associação de Criadores de Gado Nelore do Estado, Alexandre Hage. Uma recuperação mais significativa para as cotações está prevista somente para 2025.

Para Hage, os pecuaristas que se prepararam vão conseguir se “resguardar” de um mercado mais apertado para o produtor. A expectativa de recuperação das cotações está atrelada ao início da estação de monta daqui a três meses, período em que começa a reprodução dos animais.

“A partir do momento que se iniciar a estação de monta, o grosso dessas fêmeas vai para reprodução e deixam de ir para o abate, aí você tem uma mudança no cenário de carne bovina e, portanto, uma retomada nos preços”, explicou.
“O preço do bezerro tem sinalizado retomada devido ao abate de fêmeas, mas a gente sabe que o ciclo atual é difícil. Momento de apertar os cintos, de olhar para dentro da porteira para fazer um bom trabalho futuro”, recomendou o presidente, em especial para pequenos e médios produtores com até 500 cabeças de gado.

O receio do dirigente é o abandono da atividade, já que muitos criadores não investiram em suas propriedades nos últimos anos. “Muitos não percebem que a cada ano suas fazendas estão com um potencial menor e aí vira um ciclo da miséria. O produtor vai investindo menos, vai tendo menor rentabilidade até o ponto de vender a propriedade”, ponderou.

Segundo ele, a virada de chave só vem em 2025, quando os preços da arroba tendem a se consolidar positivamente. Entre os fundamentos técnicos para a potencial melhora, Hage cita a valorização dos bezerros por ser um ciclo de aumento da procura da indústria e diminuição da oferta, o que deixa o cenário “mais firme”.

“Ano que vem, a pecuária mato-grossense passará a outro patamar, dando mais previsibilidade e controle ao pecuarista”, pontuou. Em outra ponta, as exportações permanecem aquecidas e beneficiadas pela valorização registrada recentemente do dólar.

Fonte: Globo Rural.

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