As projeções para a bovinocultura de corte são animadoras para 2006. Isto é possível devido à recuperação cambial a partir da primeira quinzena de dezembro e das perspectivas de reavaliação de cotas de exportação com a União Européia (UE). Conforme o diretor da Farsul, Fernando Adauto de Souza, como a competitividade do setor está na exportação, essa sinalização do dólar deverá melhorar os preços dos produtos agrícolas e todos os itens de produção da pecuária.
O presidente da Febrac, José Paulo Cairoli, acredita na estabilização da moeda norte-americana numa média de R$ 2,32, o que deverá equilibrar, também, os valores dos insumos que são dolarizados. “Há tendência de preço para 2006 até porque o ano que vem é eleitoral, terá mais dinheiro circulando”, considerou.
O diretor-executivo do Sicadergs, Zilmar Moussalle, considerou importante o reprise da condição do país ser o maior exportador do mundo. “O ano que vem vai ser melhor do que este, vamos continuar exportando, mas com maior valor agregado em função do dólar”, apostou.
O diretor-presidente do frigorífico Mercosul, Mauro Pilz, é outro que mantém expectativa otimista. “Dificilmente seremos competitivos com o dólar baixo. Trabalho com a expectativa de elevação para recuperação do setor”.
Adauto apontou ainda algum fechamento de acordo com a UE, o que resultaria numa recuperação consistente do setor. “O país deve negociar com a EU, que é o principal importador de carne bovina”, observou. O dirigente disse que o Fórum Mercosul da Carne (criado em 2004 para negociar com a UE), busca redução de tarifas.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint