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Leitores comentam acusações contra o Brasil

O BeefPoint recebeu mais contribuições para a enquete: “Qual deve ser reação do Brasil contra acusações vindas do exterior, relacionadas a meio-ambiente, responsabilidade social, segurança alimentar e bem-estar animal, que podem afetar as exportações?”.

Continua valendo a convicção de que o objetivo de tais acusações são uma forma desleal dos países enfrentarem a concorrência com os produtos brasileiros, no entanto tratamentos diferentes para a questão foram propostos. O posicionamento de algumas pessoas pode ser resumido pela afirmação do Prof. Luiz Alberto Fries, da Unesp/Jaboticabal: “Eu também quero, faz muito tempo, comer nossa boa carne sem sentir qualquer culpa ou gosto amargo”. Confira abaixo novas opiniões.

Marcos Sampaio Baruselli, de São Paulo, defende que a produção de carne no Brasil deveria se valer da tecnologia disponível para adotar uma postura sustentável. Segundo ele “é fato que a pecuária deve progredir, mas não devemos esquecer que o crescimento deve ser sustentado e, para isso, a preservação do meio ambiente, do solo e da água deve ser garantida.”

Moacy Guilherme Botelho Coelho, do Espírito Santo, argumenta que para nos tornarmos menos vulneráveis a essas acusações, deveríamos melhorar nossa credibilidade através da “própria responsabilidade do Brasil, por respeito ao nosso povo. Aí sim, estaríamos sendo respeitados lá fora”. Além disso, devemos melhorar a confiabilidade do produto através do desenvolvimento do setor. Portanto, investir em “capacitação na produção agropecuária, informatização do setor, um Sisbov que poderia estar garantindo ao consumidor um produto de maior qualidade e com mais confiabilidade. Aí sim! Estaríamos livres de comentários maldosos”.

Napoleão Potiguara Silva Cunha, médico veterinário de Campina Verde (MG), ressalta a importância de nos preocuparmos com o bem-estar dos nossos funcionários e com a preservação do meio ambiente, afirmando que “faz-se necessário maior atenção para tais questões para não sermos taxados como país subdesenvolvido nas esferas social e ambiental”.

Eduardo Piccoli Machado, do Rio Grande do Sul, lembra de um sábio francês “August Saint Hilaire, que percorreu o sul do Brasil em 1820 e dizia que na época os escravos das fazendas de gado eram felizes, pois cavalgavam ao lado dos seus donos e viviam da mesma forma que eles” e finaliza: “Só leva pedrada quem está na vitrine. Estamos incomodando e isso é bom.”

A equipe BeefPoint agradece aos pontos de vista apresentados.

Fonte: Equipe BeefPoint (por Otavio Negrelli)

0 Comments

  1. Antonio Sergio Marques Teles Lôbo disse:

    O “mundo” do agribusiness não quer saber o que está acontecendo no Brasil. O que importa, é o que está sendo feito, com critérios, seriedade e tecnologia para sanar os problemas, evitar disseminações e provar o contrário.

    Não podemos ficar lamentando as acusações, temos é que ser claros, objetivos e dispostos a promover mudanças preventivas e corretivas, constantemente.

    Temos tecnologia e profissionais preparados. O que falta?

    Será que realmente existe uma “vontade” de se resolver os problemas…ou não?