O foco de aftosa, que surgiu no Mato Grosso do Sul em outubro de 2005, não impediu que as exportações de carne bovina brasileiras batessem um novo recorde. A receita cambial com a exportação de carne, de janeiro a dezembro do ano passado, atingiu US$ 3,149 bilhões, o que significou um aumento de 22,4% em relação ao ano de 2004. O resultado do volume embarcado também é um novo recorde.
Em 2005, o Brasil exportou 2,3 milhões de toneladas (equivalente carcaça) para mais de 150 países, contra 2 milhões de toneladas (equivalente carcaça) no ano anterior, o que representa um aumento de 18% de um ano para o outro.
A Rússia foi o país que mais importou carne brasileira in natura. Em 2005, os russos foram responsáveis pela compra de 433 mil toneladas de carne in natura, o que gerou uma receita cambial de US$ 525 milhões. O Egito aparece em segundo lugar com US$ 252 milhões, seguido da Holanda (US$ 191 milhões), Reino Unido (US$ 181 milhões) e Itália (US$ 152 milhões).
Com relação à carne industrializada, os Estados Unidos mantiveram a liderança. Os americanos compraram do Brasil, em 2005, US$ 205 milhões, seguidos do Reino Unido (US$ 130 milhões), Venezuela (US$ 47 milhões) e Itália (US$ 31 milhões).
De acordo com a avaliação da Abiec, o impacto do foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul foi muito pequeno nas exportações porque os grande frigoríficos exportadores têm hoje uma capilaridade que permite o remanejamento de sua produção para exportação. A expectativa da Abiec é de que já no primeiro semestre de 2006 alguns embargos sejam suspensos e as exportações voltem ao normal.
As informações são da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).