O mercado doméstico volta a ser o centro das atenções das empresas neste ano. Empurrada pelo real valorizado, a indústria reforça a produção direcionada ao consumo interno, favorecido pelo fato de 2006 ser ano eleitoral e de Copa do Mundo. Além disso, a possível antecipação do aumento do salário mínimo e a continuidade da política de redução dos juros dão um fôlego adicional para o consumo.
Os primeiros sinais já começam a aparecer, ainda que de forma tímida. Grandes redes de varejo de eletroeletrônicos e móveis detectaram este mês um crescimento de 5% a 6% no faturamento, em relação a igual período de 2005.
No setor de embalagens de papelão ondulado, considerado um termômetro da economia, a expectativa é positiva. No Grupo Orsa, a previsão é de um crescimento de 5% nas vendas este ano, ante o aumento de 2% registrado em 2005.
Para a consultoria MB Associados, essa tendência deve se acentuar nos próximos meses, mas sem comprometer o superávit da balança comercial, que deve se manter acima de US$ 40 bilhões. A matéria é de Marcelo Rehder para o Estado de S. Paulo.
Comentário BeefPoint:o consumo de carne bovina também pode ser estimulado nesse período. Frigoríficos, empresas de distribuição e varejo podem potencializar esse aumento de demanda através de campanhas específicas, divulgando benefícios da carne bovina e reforçando a paixão do brasileiro pela carne bovina, em pratos do dia-a-dia e em churrascos, especialidade brasileira em comemorações. Há espaço inclusive para promoção conjunta com marcas de cerveja, por exemplo.