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Preço do boi gordo encerra a semana com estabilidade em São Paulo

Depois de diversas altas duranta a semana, o preço do boi gordo no Estado de São Paulo encerrou a sexta-feira (11/4) com estabilidade, com a arroba cotada em R$ 325 nas praças de Araçatuba e Barretos.

No entanto, a redução da oferta nas praças paulistas refletiu em dificuldade dos frigoríficos para completar a escala de abate, que está, em média, em cinco dias úteis. Com isso, o preço da arroba do “boi China” e da novilha subiram R$ 2, para R$ 330 e R$ 307, respectivamente.

A consultoria Agrifatto destaca que o abate de bovinos em março totalizou 2,32 milhões de cabeças, uma leve queda de 0,10% frente a fevereiro. Desse total, 1,06 milhão foram fêmeas, o maior volume já registrado para um único mês, elevando a participação para 45,6% e estabelecendo um novo recorde.

Segundo a Agrifatto, esse movimento reforça a leitura de um possível pico de descarte no ano. A maior oferta de vacas no gancho contribui para manter a pressão sobre as cotações da arroba, especialmente em um momento em que o consumo interno ainda segue comedido.

Mercado externo

O setor pecuário também segue atento aos impactos das tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo analistas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, de um lado, as tarifas tendem a reforçar a demanda por produtos agropecuários brasileiros. Ainda que países importadores de carne bovina tenham reflexos negativos em suas economias, é possível que a demanda externa por carne bovina do Brasil se mantenha em bom patamar.

Por outro lado, ainda conforme o Cepea, as tarifas diretas dos Estados Unidos ao Brasil e também a turbulência na economia de outros países devem impactar – direta ou indiretamente – vários setores nacionais. De acordo com o Centro de Estudos, isso tende a acarretar redução dos investimentos, desemprego e diminuição da renda dos brasileiros para o consumo de carne e outros bens.

No ano passado, as exportações representaram 28,16% da produção da carne bovina nacional – calculado com base em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Portanto, pesquisadores do Cepea reforçam que o escoamento de quase três quartos da carne produzida no país depende da renda dos brasileiros.

Fonte: Globo Rural.

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