Índice de Preços de Alimentos da FAO cai em maio, mas preços das carnes sobem

O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FFPI, na sigla em inglês) registrou média de 127,7 pontos em maio de 2025, uma queda de 1,0 ponto (0,8%) em relação a abril. Apesar do aumento nos índices de preços de laticínios e carnes, essas altas foram mais do que compensadas pelas quedas nos preços de cereais, açúcar e óleos vegetais. No geral, o FFPI ficou 7,2 pontos (6,0%) acima do nível de maio de 2024, mas ainda 32,6 pontos (20,3%) abaixo do pico alcançado em março de 2022.

O Índice de Preços da Carne da FAO teve média de 124,6 pontos em maio, uma alta de 1,6 ponto (1,3%) em relação ao valor revisado de abril e 7,9 pontos (6,8%) acima do registrado há um ano. A alta foi impulsionada pelo aumento nos preços internacionais das carnes bovina, ovina e suína, que superaram a queda nas cotações da carne de frango.

Os preços da carne ovina subiram, sustentados por cotações mais altas na Oceania, impulsionadas pela forte demanda global de importação, especialmente da China, Oriente Médio e Europa. Os preços da carne suína também aumentaram, apoiados pela crescente demanda global e pela alta acentuada nas exportações da Alemanha, após o país recuperar o status de livre de febre aftosa.

Os preços globais da carne bovina subiram para um novo recorde histórico, impulsionados por uma demanda sólida e oferta exportável limitada nos principais países produtores. Em contraste, os preços da carne de frango caíram, pressionados pelas cotações mais baixas no Brasil. A queda está relacionada à detecção de um foco de influenza aviária altamente patogênica em uma granja comercial em meados de maio, o que levou vários países importadores importantes a impor restrições, resultando em excedente de oferta e pressão negativa sobre os preços.

Fonte: FAO, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.