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JBS sobe no primeiro dia de negociação na NYSE

Nas primeiras horas desde que a maior processadora de carnes do mundo começou a ser negociada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) na sexta-feira (13), sob o ticker JBS, as ações tiveram um início lento antes de encerrar o dia com alta de quase 5%.

A entrada de investidores americanos era esperada para ajudar o conglomerado brasileiro, que faturou US$ 77 bilhões em 2024 com o processamento e a venda de carne bovina, suína, de frango e de cordeiro para mais de 100 países. Durante o primeiro dia de negociação, as ações subiram cerca de 3%, antes de cair brevemente abaixo do preço de abertura, que foi de US$ 13,65 por ação, por volta das 14h30 (horário da Costa Leste dos EUA). No fechamento do mercado, as ações voltaram a subir e atingiram a máxima de US$ 14,29, ou cerca de 5% de alta.

Com a alta das ações da JBS, o patrimônio líquido de Joesley e Wesley Batista aumentou cerca de US$ 200 milhões cada. Os irmãos, que são os principais acionistas da empresa e atuam como membros do conselho, agora possuem um patrimônio de US$ 4,8 bilhões cada. Juntos, por meio das holdings familiares, eles detêm quase 50% da JBS.

A JBS negociando ações nos EUA, provavelmente é uma má notícia para a Tyson Foods, maior processadora de carnes dos Estados Unidos. Com um valor de mercado ligeiramente inferior a US$ 20 bilhões, a Tyson é um pouco maior que a JBS nos mercados de carne bovina e de frango, mas suas ações têm enfrentado dificuldades, com queda de 8% nos últimos três meses.

Historicamente, as ações da Tyson eram negociadas a aproximadamente o dobro do múltiplo da JBS, mas analistas esperam que a entrada da JBS na bolsa americana mude essa dinâmica, o que significa que a JBS terá mais poder de compra — e a competição está oficialmente aberta.

“Alimento é uma questão de segurança nacional”, afirma Carlos Laboy, analista líder para a JBS no HSBC. “É benéfico para os Estados Unidos ter a maior empresa de proteínas do mundo não apenas operando nos EUA, mas também listada nos EUA e sob supervisão dos reguladores americanos. As alternativas seriam desfavoráveis para os EUA.”

Com a entrada na bolsa americana, a JBS fechou com mais de US$ 285 milhões em volume de negócios, juntando o pregão de ações em Nova York e os BDRs, em São Paulo. O valor corresponde a 4,5 vezes a média do volume da Companhia nos últimos 12 meses na B3. A empresa comunicou também, nesta sexta-feira, a data de pagamento dos dividendos bilionários aprovados na assembleia realizada em maio.

Em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a JBS informou que os dividendos serão pagos no dia 17 de junho, utilizando as reservas de lucros apuradas no balanço de 31 de dezembro de 2024. O valor total distribuído será de R$ 2,218 bilhões, correspondente a R$ 1,00 por ação ordinária.

Terão direito ao pagamento os acionistas com posição na companhia ao final do pregão de 23 de maio de 2025. Não haverá correção monetária nem incidência de juros entre a data da aprovação e o efetivo pagamento. Além disso, a empresa informou que, após essa etapa, está previsto um leilão para liquidação das frações de ações remanescentes.

Fonte: Forbes.

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