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Pesquisa aponta resistência crescente de carrapatos a defensivos

No Rio Grande do Sul, uma pesquisa revelou a resistência dos carrapatos que afetam o rebanho gaúcho aos defensivos existentes no mercado. Sete carrapaticidas testados no estudo apresentaram resistência em mais de 80% das propriedades, com um deles chegando a 100%.

Outro estudo, também realizado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), avalia a importância do trânsito de bovinos na dispersão de carrapatos resistentes. A iniciativa é desenvolvida em parceria com a Universidade da Carolina do Norte. 

Os dados foram apresentados em mesa-redonda na Expointer, que contou com representantes do Brasil, Uruguai e Argentina. Segundo os palestrantes estrangeiros, a situação é igualmente grave nos países vizinhos.

Na oportunidade, o secretário adjunto da Agricultura, Márcio Madalena, afirmou que o carrapato causa prejuízos imensuráveis ao Estado e que o tema não está sendo discutido com a profundidade necessária.

O pesquisador José Reck, do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, (IPVDF), também da Seapi, apresentou os “10 passos para o controle do carrapato”. O conteúdo será publicado em breve em Nota Técnica pela Secretaria da Agricultura, com orientações sobre como proceder para contornar a situação no grave cenário atual. 

Teste gratuito

A Seapi oferece, gratuitamente, o serviço de biocarrapaticidograma — teste para saber qual a melhor opção de produto a ser utilizado no combate ao parasita. Para mais informações, clique aqui.

Dicas de controle

A Embrapa recomenda o seguir os passos listados abaixo para reduzir o impacto do carrapato, que causa prejuízos expressivos à pecuária:

  1. Consultar um médico-veterinário para orientar a estratégia de controle;
  2. Realizar testes de sensibilidade para identificar os carrapaticidas eficazes na propriedade;
  3. Aplicar o produto no período certo, reduzindo o risco de resistência;
  4. Seguir corretamente a bula, respeitando dosagem, diluição e carência;
  5. Usar equipamentos de proteção individual (EPI) durante a aplicação;
  6. Tratar de forma estratégica, aplicando apenas nos animais que mais carregam carrapatos;
  7. Monitorar a eficácia das aplicações e substituir produtos quando necessário;
  8. Evitar o uso contínuo de um mesmo princípio ativo para reduzir a seleção de resistência;
  9. Isolar e tratar novos animais introduzidos no rebanho antes da integração;
  10. Adotar manejo integrado, combinando medidas químicas, biológicas e de pastagem.

Fonte: Estadão.

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