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Exportações de MS crescem 3,26% até agosto; carne bovina tem alta de 43,7%

Mato Grosso do Sul exportou US$ 7,24 bilhões (cerca de R$ 39,1 bilhões) entre janeiro e agosto de 2025, uma alta de 3,26% frente ao mesmo período do ano anterior. O saldo da balança comercial foi de US$ 5,53 bilhões (cerca de R$ 29,9 bilhões), crescimento de 8,4% em relação a 2024. Os dados estão na Carta de Conjuntura do Comércio Exterior, divulgada pela Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc).

A celulose liderou a pauta, com 29,9% de participação, seguida pela soja em grão (27,2%) e pela carne bovina fresca (15,07%). A proteína animal registrou aumento de 43,7% no acumulado de 2025, evidenciando, segundo a Semadesc, a força do segmento frigorífico em diversificar destinos mesmo diante da tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos.

Em agosto, a China respondeu por US$ 91 milhões em compras de carne bovina sul-mato-grossense, seguida por Chile (US$ 16,4 milhões), México (US$ 11,8 milhões) e outros mercados, como Israel, Turquia, Filipinas e Itália. Os Estados Unidos compraram US$ 7,6 milhões, ficando atrás de parceiros emergentes.

Outros produtos também avançaram, como o minério de ferro (32,8%) e a categoria de resíduos vegetais, sucatas e desperdícios, que cresceu 806%. Nas importações, houve retração de 10,79%, totalizando US$ 1,66 bilhão, com destaque para o gás natural (33,2% do total).

A China concentrou 46,7% das exportações do Estado, seguida por Estados Unidos (5,4%), Itália (3,8%) e Argentina (3,5%). Entre os novos mercados, a Argélia teve alta de 44,7%. Nos portos, Santos (SP) respondeu por 39,2% das vendas externas, Paranaguá (PR) por 32,6% e São Francisco do Sul (SC) por 11,6%.

Para o secretário Jaime Verruck, os resultados mostram o dinamismo do setor. “Mesmo em um cenário de incertezas no comércio internacional, Mato Grosso do Sul conseguiu expandir suas vendas externas, com destaque para a carne bovina e para a diversificação de destinos. Esse desempenho reforça nossa competitividade e abre caminho para novos mercados”, afirmou.

A tarifa de 50% dos Estados Unidos impactou agosto, com queda de 61% nas exportações para o país frente ao mesmo mês de 2024, puxada pela retração de 46% na carne bovina e de 92% na celulose. Ainda assim, frigoríficos conseguiram redirecionar a produção e manter o crescimento no acumulado do ano.

Fonte: Estadão.

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