O Índice de Preços de Alimentos da FAO (FFPI) ficou em média em 128,8 pontos em setembro de 2025, uma leve queda em relação ao nível revisado de agosto, de 129,7 pontos. As reduções nos índices de cereais, laticínios, açúcar e óleos vegetais superaram o aumento registrado no índice de carnes. No geral, o FFPI ficou 4,2 pontos (3,4%) acima do valor de setembro de 2024, mas ainda 31,4 pontos (19,6%) abaixo do pico atingido em março de 2022.
O Índice de Preços de Carne da FAO registrou 127,8 pontos em setembro, alta de 0,9 ponto (0,7%) em relação ao nível revisado de agosto e de 7,9 pontos (6,6%) na comparação anual, atingindo um novo recorde histórico. O aumento refletiu altos preços mundiais da carne bovina e ovina, enquanto as cotações de carne suína e de aves permaneceram amplamente estáveis.
Os preços da carne bovina subiram para o nível mais alto já registrado, impulsionados pela forte demanda nos Estados Unidos, onde a oferta doméstica limitada e a diferença favorável de preços continuaram a incentivar as importações — especialmente da Austrália, onde os preços também aumentaram.
No Brasil, os preços da carne bovina também subiram, sustentados pela forte demanda global, compensando a redução do acesso ao mercado norte-americano após a imposição de tarifas mais altas.
As cotações mundiais da carne ovina dispararam devido à sólida demanda global de importação em meio à oferta limitada de exportações da Oceania.
Já os preços da carne suína permaneceram estáveis, uma vez que a maior demanda por carne suína brasileira em mercados alternativos compensou a redução das compras pela China. Na União Europeia, o impacto das novas tarifas impostas pela China sobre os preços de exportação de carne suína foi limitado.
As cotações da carne de frango também se mantiveram firmes, refletindo mercados globais relativamente equilibrados, apesar das restrições de importação relacionadas a surtos localizados de influenza aviária de alta patogenicidade.
Fonte: FAO, traduzido e adaptado pela Equipe BeefPoint.