Em junho, o Reino Unido abriu uma cota tarifária livre de impostos para carne bovina dos Estados Unidos, com volume previsto de cerca de 8.500 toneladas métricas em 2025.
Jay Theiler, vice-presidente eleito da Federação de Exportadores de Carne dos EUA (USMEF) e representante da Agri Beef, viajou recentemente ao Reino Unido em uma missão comercial com o governador de Idaho, Brad Little. O grupo se reuniu com agricultores, importadores e autoridades comerciais para discutir o novo acordo de comércio anunciado pelo presidente Donald Trump.
“Fui parte de uma delegação com o governador de Idaho, que também é pecuarista, para falar sobre o novo acordo comercial. Conversamos bastante sobre o acordo de carne bovina, e percebemos que há oportunidades, especialmente se conseguirmos acesso livre de tarifas ao mercado britânico”, afirmou Theiler.
Segundo ele, há grande potencial para a carne bovina dos EUA no Reino Unido, mas ainda existem barreiras não tarifárias que precisam ser resolvidas para garantir acesso total. Essas barreiras incluem regulamentações fitossanitárias e exigências de rotulagem excessivamente complexas.
“O Reino Unido esteve alinhado à União Europeia por tanto tempo, e é tão dependente do comércio com o bloco, que ainda não está claro quais serão exatamente os novos requisitos. Mas há várias questões de acesso criando atrito, e esperamos ver avanços”, disse Theiler. “As regulamentações fitossanitárias e de rotulagem são um exemplo — atualmente, tudo que entra no Reino Unido ainda segue os padrões da UE e é rotulado em oito idiomas, peça por peça. São detalhes como esses que tornam o comércio mais difícil. Esperamos poder resolver parte disso.”
Theiler acrescentou que há uma demanda significativa por carne bovina norte-americana no Reino Unido.
“Sinto que o segmento de steakhouses está muito forte lá, e isso seria um ótimo nicho para os produtos dos EUA”, afirmou. “Grande parte da carne produzida no Reino Unido vem de sistemas a pasto, então há uma oportunidade clara para produtos de alta qualidade, provenientes de gado alimentado com grãos, vindos dos Estados Unidos.”
Fonte: BEEF Magazine, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.