

As exportações brasileiras de carne bovina in natura bateram um novo recorde em outubro, segundo dados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC). Foram 320.559 toneladas, aumento de quase 2% sobre o recorde de setembro (cerca de 315 mil toneladas). Em relação ao mesmo mês de 2024, o aumento foi de 18,6%.
Com um preço médio de US$ 5.538,9 por tonelada, a receita gerada em outubro foi de R$ 9,57 bilhões, ou US$ 1,775 bilhão, valor apenas 0,45% maior do que os US$ 1,767 bilhão registrados em setembro, mas 40,9% superior aos US$ 1,260 bilhão do mesmo mês do ano passado.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destaca que o ritmo de exportações vem forte desde junho, ainda que tenha havido pequena diminuição em agosto. Além disso, o preço médio da carne in natura vem se mantendo estável em reais, por volta de R$ 30 mil por tonelada desde junho. Em dólar, neste período, tem oscilado entre US$ 5.500 e US$ 5.600.
Os dados são referentes apenas às exportações de carne in natura. Faltam ainda faltam as informações da carne industrializada para se ter o consolidado do mês.
O volume comprado pela China se manteve praticamente o mesmo de setembro, 187.272 toneladas, e isso representou 58,4% de toda a carne in natura exportada no mês. Chile e Filipinas aparecem quase empatados no segundo lugar, com cerca de 12.500 toneladas cada um.
Apesar do tarifaço de 50% sobre produtos oriundos do Brasil, os Estados Unidos voltaram a demandar carne brasileira. O volume aumentou 38% de setembro para outubro, para o total de 10.824 toneladas, posicionando o país como quarto maior comprador da proteína do Brasil.
Em termos de crescimento, são as vendas para a Indonésia que chamam a atenção, destaca o Cepea. Em outubro, foram 5.171 toneladas, contra apenas 1 mil toneladas em setembro. A marca atual superou o máximo de 4,8 mil toneladas já exportadas para o país, em junho deste ano.
Fonte: Globo Rural.