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Confinamento avança em MT, mesmo com custo maior 

Fazer a terminação do boi no cocho ficou mais caro em Mato Grosso. O custo da diária de confinamento aumentou 16,47% em relação ao ano passado, passando a custar, em média, R$ 13,79 por cabeça/dia para o pecuarista.

O aumento acompanha a alta no preço dos insumos utilizados na dieta bovina. O farelo de algodão, por exemplo, foi o que registrou a maior elevação, com avanço de 49,35%, seguido pelo milho, que subiu 33,98%. Já o DDG, que vem ganhando espaço pela boa relação custo-benefício na atividade, apresentou a menor alta entre os insumos analisados, de 20,33% no comparativo anual.

Apesar dos custos mais elevados, os pecuaristas mato-grossenses estão confinando mais neste ano. Foram 928,67 mil cabeças confinadas no Estado, crescimento de 4,05% em relação ao volume registrado no ano passado.

Variação anual no custo dos insumos e custo da diária confinada em Mato Grosso

Fonte: Imea

Os dados fazem parte do 3º Levantamento de Intenção de Confinamento, realizado pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). O estudo destaca que, apesar do aumento nos custos, o valor da diária ainda permanece abaixo dos patamares observados durante o “boom das commodities” em 2020/21.

O crescimento do confinamento também está relacionado ao bom momento do preço da arroba do boi gordo. O avanço dos preços do boi em ritmo superior ao do milho favoreceu a relação de troca do pecuarista, que ficou em 5,52 sacas de milho por arroba no comparativo anual.

Entre os pecuaristas que decidiram confinar em 2025, segundo o estudo, o confinamento tradicional permaneceu como o principal sistema de terminação, adotado por 97,30% deles. O semiconfinamento apareceu como estratégia para 29,73%, seguido pela Terminação Intensiva a Pasto (TIP), utilizada por 8,11%.

Fonte: Estadão.

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