A força de uma fazenda não nasce apenas dos números, das decisões técnicas ou das rotinas que se repetem.
Ela nasce, sobretudo, da consistência de quem está por trás delas.

A história da Adriana Barcelos mostra exatamente isso: que gestão no agro não é só método, é coragem interna, é clareza, é maturidade, é a capacidade de se reinventar enquanto se constrói um futuro para a família e para a fazenda.

É uma trajetória que revela quietude, firmeza e profundidade, as marcas de uma liderança que se forma por dentro antes de aparecer por fora.

Da formação jurídica ao coração da gestão no campo

Adriana Barcelos é advogada de formação, pós-graduada em Direito Tributário e mestranda em Direito Tributário pela Universidade Católica de Brasília.
Também possui MBA em Contabilidade Rural e Gestão do Agronegócio, uma combinação rara que une segurança jurídica, técnica e visão administrativa.

Nenhum desses caminhos, à primeira vista, apontava diretamente para a fazenda, mas a vida apontou.

Há cerca de dez anos, Adriana deixou Goiás, suas raízes e sua zona de conforto para se mudar para Campos de Júlio–MT, onde passaria a conduzir a área financeira e administrativa da Fazenda Santa Inês, ao lado da família.

Foi um salto corajoso, feito sem garantias e sem glamour: um recomeço em uma região distante, com desafios reais, estrutura limitada e a necessidade urgente de criar processos, ordem e previsibilidade.

Clareza interna: onde começa a gestão

O que mais impressiona na história da Adriana não é a mudança geográfica, mas a mudança interna.

Ela desenvolveu um método silencioso, profundo e extremamente eficaz:
desenhar cenários, escrever para pensar e agir com responsabilidade.

A escrita, sempre presente, virou ferramenta de clareza, os valores, coragem, fé, lealdade, viraram sua bússola, e os cenários, A, B, C e D, viraram estrutura emocional para decidir sem paralisar.

Adriana entende que a gestão começa antes do Excel, começa na pessoa que decide.

Tomar a responsabilidade: do papel ao dia a dia

Ao assumir a área financeira e administrativa, Adriana descobriu que:

• previsibilidade não é luxo, é necessidade;
  
• processos não são burocracia, são segurança;
  
• decisões exigem método, mas também exigem coragem.
  

Ela passou a organizar números, contratos, riscos e operações com disciplina rara, trouxe racionalidade jurídica para o agro, e criou camadas de proteção e clareza que sustentam a evolução da fazenda até hoje.

E fez isso sem perder leveza, sempre com calma, ordem e uma maturidade que inspira.

A coragem que não faz barulho

Assim como Edina no artigo de referência, Adriana também viveu uma forma silenciosa e profunda de “tomada de posse”.
Não uma posse jurídica, essa ela já conhecia bem, mas a posse interna, aquela em que alguém aceita que seu papel é decisivo e que seu trabalho muda o futuro da família.

Na live, Adriana descreve com naturalidade o que muitos gestores passam a vida evitando:
o medo de decidir, o medo de errar, e o medo de crescer.

E, ao mesmo tempo, mostra que coragem não é ausência de medo: é agir mesmo assim, com método, com clareza e com fé.

Valores, rotina e maturidade: o que sustenta o crescimento

A força da Adriana está na combinação rara de:

• autonomia com responsabilidade,
  
• coragem com planejamento,
  
• fé com método,
  
• sensibilidade com firmeza.
  

Ela carrega um senso profundo de dever, não apenas com a fazenda, mas com o legado que sustenta a família.

E isso se manifesta nas pequenas e grandes práticas:

• escrever todos os dias,
  
• revisar seus valores,
  
• organizar processos,
  
• antecipar riscos,
  
• cuidar da fazenda como quem cuida da própria casa,
  
• crescer sem pressa, mas sem parar.
  

Muito além dos números: uma conversa sobre gestão e vida

Na conversa com Miguel Cavalcanti, Adriana fala com honestidade sobre:

• coragem para recomeçar,
  
• mudança de estado e de vida,
  
• clareza interna,
  
• escrita como método de decisão,
  
• rotina,
  
• valores,
  
• bastidores da gestão financeira,
  
• autocrítica adulta,
  
• e a diferença entre saber e fazer.
  

É uma fala madura, profunda e extremamente útil para qualquer produtor:
um lembrete de que o campo é feito de gente, e que a fazenda só cresce quando quem está à frente cresce antes.

Episódio especial: Miguel Cavalcanti conversa com Adriana Barcelos

🗓️ Transmissão dia 05 de dezembro, às 12h

🎬 Disponível no YouTube

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