

Demanda global aquecida por carne bovina levou Mato Grosso – detentor do maior rebanho bovino do Brasil – a mais um recorde nas exportações de carnes em 2025. O ano que indicava fechar no campo negativo, refletindo a guerra tarifária, vem se mostrando positivamente surpreendente.
Conforme dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), novembro foi marcado pelo avanço nos envios nos principais destinos. Em nov/25, por exemplo, Mato Grosso exportou 112,81 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC) de carne in natura. “Esse foi o maior volume já exportado pelo estado, representando alta de 4,52% em relação a out/25. No acumulado de jan a nov/25, as exportações de carne bovina somaram 867,72 mil TEC, acréscimo de 23,87% em relação ao mesmo período de 2024, que havia sido um ano recorde para as exportações estaduais”, destacam os analistas do Imea.
Esse desempenho, segundo os analistas, reflete o aumento expressivo dos embarques para China, Rússia e Chile ao longo de 2025, mercados que ampliaram significativamente sua participação no total exportado. “Esse avanço no volume enviado a outros países se deve tanto à abertura de novos mercados quanto ao ganho de competitividade da carne mato-grossense, fatores que permitiram ao estado atender uma demanda internacional aquecida”, completam os analistas do Imea.
ENVIOS – Os abates bovinos em Mato Grosso somaram 640,04 mil cabeças em nov/25, queda de 10,52% frente a out/25 (Indea-MT). O principal fator para a redução do volume abatido esteve relacionado à menor oferta de animais terminados às indústrias, em especial, de fêmeas, devido ao período de monta, que costuma ocorrer no quarto trimestre do ano. Apesar da redução no comparativo mensal, o resultado representa o maior volume já registrado para o mês de novembro no estado.
“Além disso, no acumulado de janeiro a novembro de 2025, os abates somaram 6,85 milhões de cabeças, avanço de 0,27% ante o mesmo período de 2024. Para o encerramento de 2025, a expectativa é de recorde no número de cabeças abatidas em Mato Grosso, em razão do maior número de animais confinados no estado e do aumento da demanda por carne bovina no segundo semestre”.
Fonte: Redação MT.