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Argentina: restrições são mais amenas que ao Brasil

Ao mesmo tempo que aumenta o controle sobre a documentação exigida para os embarques brasileiros quatro meses após o foco, a UE adota restrições muito mais amenas para o foco encontrado na Argentina, com a notícia de que os embargos serão limitados à província de Corrientes.

Na opinião de Pedro Camargo Neto, ex-presidente do Fundepec, caso o Brasil tivesse seguido as normas e os procedimentos internacionais no combate à aftosa, os embargos já estariam sendo revistos. “A decisão da UE demonstra claramente a falta de credibilidade existente hoje nas ações de defesa sanitária no país”, declara.

Segundo o consultor de agronegócios e ex-diretor de defesa agropecuária do Mapa, Ênio Marques, enquanto a Argentina seguiu fielmente os procedimentos e as normas internacionais do combate à aftosa, o Brasil se perdeu no embate de políticas locais, o que gerou incerteza para os europeus.

“A questão mais gritante continua sendo a do Paraná, onde os animais ainda nem foram abatidos, e quando os europeus apresentaram um questionário para o governo federal responder sobre o assunto, não havia condições de responder porque muitas ações foram tomadas localmente, sem nenhum respeito aos acordos internacionais”, disse.

Segundo ele, o Brasil está priorizando ações regionais em detrimento de um procedimento homogêneo e de acordo com as normas internacionais. Para Marques, diante desta situação, o embargo mais brando na Argentina é perfeitamente natural. A notícia é de Eduardo Magossi, para o Estado de S. Paulo.

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  1. JOSE BARBOSA disse:

    Já que o Mapa não consegue a mesma credibilidade com o mercado internacional, por que não consegue com o governo federal linha de crédito para os produtores, como na Argentina que já disponibilizou 95 milhões de dólares para a província de Corrientes?

    A crise que o setor passa não tem precedentes nos meus 32 anos na atividade. Por que o Mapa não isola somente o estado do Paraná, que é causador da desconfiança da UE?

  2. Fernando Penteado Cardoso disse:

    O que nos falta é “botar a boca no mundo”. Ninguém grita. Somos todos bonzinhos. Pelo jeito, na terra do tango, além dos milongueiros, há os que trabalham e seguem as leis, sem os descabidos mandados de segurança. Enfim, cada roça com seu fuso, cada país com seu uso. Só que, às vezes, pagamos o pato. Digam os criadores que não gritaram a tempo. Saudações pecuárias.