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Ingleses temem invasão da carne brasileira

A rede varejista britânica Tesco trouxe no início deste mês, criadores e representantes de abatedouros britânicos a fazendas de produção de gado de corte na Argentina e no Brasil e às instalações do frigorífico Frigoclass.

“Os pecuaristas britânicos estão muito preocupados. O Brasil produz com custos menores, e os subsídios à produção na UE estão sendo retirados”, afirmou Robert Forster, presidente-executivo da britânica National Beef Association (NBA), uma das entidades que mais tem combatido as importações de carne brasileira.

Segundo ele, que esteve na visita, há “muita tensão” na indústria de carne européia por causa da mudança na política agrícola do bloco, que está obrigando à redução dos níveis de produção. E a oferta de carne brasileira, diz o executivo, mina as possibilidades de elevação dos preços da carne dentro da Europa.

O fato é que o Reino Unido precisa da carne bovina brasileira porque não há oferta suficiente o ano todo, como reconhece Alex Brown, diretor comercial da Tesco. A rede compra na Argentina e Brasil 10% da carne que negocia. O restante é do próprio Reino Unido.

“É inevitável. A Europa vai precisar importar cada vez mais carne para suprir suas necessidades”, analisa Jerry O’Callaghan, diretor de carnes da Coimex. “Eles estão adiando o fim de uma batalha que vão perder”, afirma, referindo-se às tentativas de limitar as importações do Brasil.

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