Para conseguir embarcar carnes, os exportadores argentinos entraram em acordo com o presidente Néstor Kirchner. Ambos acordaram em congelar o preço de 11 cortes populares por um ano.
O acordo assinado quinta-feira entre o governo e a cadeia de produção e comercialização de carne determina que as exportações serão retomadas gradualmente no segundo trimestre, “uma vez normalizado o abastecimento e, conseqüentemente, o preço”.
Voltarão a ser realizados embarques de carne resfriada, congelada e termoprocessada, além dos cortes de maior valor (traseiros). As vendas estarão limitadas a uma quota de 50% do que foi exportado por cada empresa no mesmo período do ano passado. Posteriormente, existe o compromisso oficial de negociar uma quota para a exportações de cortes dianteiros, que não poderão exceder 30% do que foi embarcado em 2005. No ano passado, as exportações do produto foram recordes, com vendas de US$ 1,4 bilhão, 32% a mais que em 2004.
Com a assinatura do pacto, produtores disseram esperar que as vendas externas do produto, que foram suspensas no início de março, possam ser retomadas logo. Uma cláusula no acordo prevê que a liberação das exportações estará condicionada à manutenção no mercado interno dos preços máximos para cortes de consumo popular, informou Paulo Braga, em notícia do Valor.
O governo também atendeu a um pedido do setor: foi criado um grupo de trabalho para discutir um plano de expansão da atividade.