Apesar de o Governo Kirchner ter proibido as exportações de carne bovina no início de março, excetuando-se os cortes Hilton e contratos preestabelecidos, as exportações argentinas de carne bovina in natura tiveram em março um crescimento de 67,69% no volume exportado, em relação a fevereiro deste ano. Em receita, o crescimento foi de 55,87%, de acordo com dados do Senasa.
Em março de 2006, foram exportados 37.167 toneladas de carne in natura, com receita cambial de US$ 106,579 milhões. O valor médio foi de US$ 2.867/tonelada. No acumulado do primeiro trimestre, foram exportados 89.088 toneladas, por US$ 270,942 milhões. Os valores incluem exportações de cortes Hilton.
Na cota Hilton apenas, foram exportados em março 2.916 toneladas, por US$ 24,451 milhões, crescimento de 18,44% em volume e 31,86% em valor em relação a fevereiro. O valor médio foi de US$ 8.385/tonelada.
Gráfico 1: Exportações argentinas de carne bovina in natura em 2006, em US$ mil
Gráfico 2: Exportações argentinas de carne bovina in natura em 2006, em toneladas
A Rússia importou 24.991 toneladas, por US$ 49,908 milhões (valor médio de US$ 1.997/tonelada), crescimento de 144,84% em volume e 146,42% em valor em relação a fevereiro.
Israel, cliente importante nas exportações argentinas, teve queda de 12,29% em volume e 8,83% em valor em relação ao fevereiro. Em março, foram exportados 2.884 toneladas, por US$ 7,375 milhões.
O Chile era o maior cliente antes do embargo imposto devido à aftosa em Corrientes. Em janeiro, o país havia importado da Argentina 7.559 toneladas, por US$ 22,766 milhões. Em março, o Chile não importou o produto da Argentina.
Otavio Negrelli, Equipe BeefPoint